O Parlamento Europeu aprovou. nesta quarta-feira (29), o Brexit, acordo que prevê a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). A decisão foi aprovada com 621 votos favoráveis, 49 contrários e 13 abstenções.
A aprovação do Brexit pelo parlamento facilita a saída do Reino Unido da União Europeia, que deverá ocorrer na próxima sexta-feira (31).
No entanto, o Conselho Europeu, que representa os 27 países membros restantes do bloco, ainda deve retificar formalmente o acordo para concretizar a saída do Reino Unido. A expectativa é que a ratificação do acordo pela organização ocorra na próxima quinta-feira (30), em Bruxelas.
O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, declarou que, mesmo com a saída do Reino Unido do bloco, fortes laços serão mantidos com o país. “Ficamos lado a lado no Parlamento Europeu. Cinquenta anos de integração não podem desaparecer facilmente”, afirmou Sassoli.
Além disso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o acordo foi somente um “primeiro passo”. “Eu quero que a União Europeia e o Reino Unido permaneçam sendo bons amigos e parceiros”, disse a presidente.
Por outro lado, Nigel Farage, líder do Partido Brexit, afirmou que espera que a saída do Reino Unido da UE represente o começo do fim do bloco. “Nós amamos a Europa, nós somente odiamos a União Europeia. Eu espero que isso [Brexit] comece o fim deste projeto. A UE dá poder para as pessoas sem responsabilidade”, afirmou Farage.
Ministro britânico quer dobrar crescimento econômico com Brexit
O Ministro da Economia do Reino Unido, Sajid Javid, projeta dobrar a taxa de crescimento econômico do país após a saída definitiva da União Europeia por meio do Brexit. No entanto, salienta que não defenderá setores manufatureiros que desejarem seguir as regras do bloco europeu.
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Em entrevista ao jornal “Financial Times” antes de viajar para encontrar líderes empresariais no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Javid disse que o Reino Unido não se comprometerá a seguir os termos da UE em discussões comerciais após a saída do bloco.
“Não haverá alinhamento, não obedeceremos regras, não estaremos no mercado único e não estaremos na união aduaneira, e faremos tudo isso antes do fim do ano”, reforçou o ministro sobre o Brexit.
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