O premiê do Reino Unido, Boris Johnson, abriu a sessão desta terça-feira (22) no Parlamento britânico fazendo apelos aos parlamentares. Johnson solicitou aos presentes que considerem a aceitação do acordo para o Brexit, firmado entre o seu governo e a União Europeia (UE).
A tentativa amena, no entanto, foi alterada para uma ameaça de Johnson. “Se o Parlamento se negar a autorizar o prosseguimento do Brexit e, em vez disso, optar por fazer as coisas do seu jeito e atrasar tudo até janeiro ou possivelmente mais, nestas circunstâncias, com grande pesar, devo dizer que a proposta terá de ser retirada e nós seguiremos para uma eleição geral”.
Entretanto, para convocar eleições antecipadas, Johnson também precisa da aprovação do Parlamento, uma vez que o próximo pleito está previsto apenas para o ano que vem.
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Após a fala do primeiro-ministro, o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, criticou a pressa com que Johnson quer aprovar o acordo do Brexit, evitando o devido escrutínio.
“O Parlamento deve ter a chance de avaliar o texto, em vez de ter apenas 17 horas para aprovar a proposta sem o devido cuidado”, disse o parlamentar opositor de Johnson.
Tramitação do Brexit
Os representantes do Reino Unido e a UE alcançaram um acordo sobre o Brexit na última quinta-feira (17). Johnson afirmou que o “acordo traz de volta o controle” e que, após concluído o processo de saída da bloco europeu, o Reino Unido poderá focar nas demais áreas de preocupação nacional.
No último sábado (19), no entanto, os deputados britânicos aprovaram uma emenda que adiou a votação sobre o acordo negociado entre o governo britânico e o bloco europeu.
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Dessa forma, a decisão implica que o ministro britânico solicite um novo adiamento do prazo para deixar a UE. A saída estava marcada para o dia 31 de outubro.
Por sua vez, a Comissão Europeia, o órgão legislativo da UE, afirmou na última segunda-feira (21) que acatou a solicitação de extensão do prazo para a conclusão do Brexit.
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