Primeiro-ministro do Reino Unido promete Brexit até 31 de outubro

Após a Suprema Corte britânica declarar que a suspensão do Parlamento foi um ato ilegal do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson prometeu entregar o Brexit até o dia 31 de outubro.

O primeiro-ministro, também, criticou a decisão da Suprema Corte, que segundo Johnson, “não ajuda muito” a resolver a situação do Brexit. As declarações do primeiro-ministro foi feita aos jornalistas, durante 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que ocorre em Nova York, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (24).

“Como a lei determina, o Reino Unido deixará a União Europeia em 31 de outubro independente do que acontecer, mas a situação agora é que precisamos conseguir um bom acordo”, disse Johnson.

“Eu discordo fortemente. Tenho o maior respeito pelo nosso sistema judiciário, [mas] não acho que esta foi uma decisão acertada”, completou o primeiro-ministro.

Sem Parlamento sem discussão sobre Brexit

A Suprema Corte do Reino Unido  informou nesta terça que o primeiro-ministro Boris Johnson atuou de forma ilegal ao suspender o Parlamento. Portanto, a suspensão foi anulada.

O Boris Johnson aconselhou a rainha Elizabeth a suspender o Parlamento semanas antes da data da saída do Reino Unido da União Europeia. A suspensão teve início no dia 9 de setembro e previa encerrar no dia 14 de outubro.

O Parlamento havia aprovado uma lei, antes de ser suspenso, que obrigava Johnson a pedir adiamento de três meses do Brexit, se não houvesse acordo.

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“A decisão de aconselhar Sua Majestade a suspender o Parlamento foi ilegal porque teve o efeito de frustrar ou impedir a capacidade do Parlamento de desempenhar suas funções constitucionais sem justificativa razoável”, disse a presidente da Suprema Corte, Brenda Hale.

“O Parlamento não está suspenso. Este é o julgamento unânime de todos os 11 juízes. Cabe ao Parlamento, e em particular ao presidente da Câmara, decidir o que fazer em seguida”, completou Hale. Mesmo após, o retorno do parlamento, o primeiro-ministro insiste no Brexit, com ou sem o acordo.

Poliana Santos

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