A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse nesta quinta-feira (11) que o adiamento do Brexit evitará um “terrível resultado”.
A fala ocorreu em uma entrevista à imprensa. Porém, a diretora disse que o adiamento do Brexit apenas irá prolongas as incertezas, sem resolver as questões centrais envolvendo o Reino Unido e a União Européia.
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“Pelo menos o Reino Unido não está saindo em 12 de abril sem um acordo. Dá tempo para discussões entre as várias partes envolvidas no Reino Unido. Provavelmente dá tempo para agentes econômicos se prepararem melhor para todas as opções, particularmente empresários industriais e trabalhadores, para tentar garantir seu futuro”, disse Lagarde, de acordo com a Reuters.
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Adiamento do prazo
Na última quarta-feira (10), a União Europeia postergou a data limite da saída do Reino Unido para outubro. Antes, o prazo estava marcado para 12 de abril. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, confirmou a decisão.”Isso significa que o Reino Unido terá mais seis meses para encontrar a melhor solução possível”, escreveu Tusk, no Twitter.
De acordo com Tusk, de 31 de outubro, o Reino Unido poderá
- negociar e alterar o texto da declaração política. No entanto, não poderá alterar o acordo de retirada;
- Continuar como membro pleno da União Europeia;
- Participar das eleições para o Parlamento Europeu;
- Terá a possibilidade de desistir do processo de saída e cancelar o Brexit;
Sem novo referendo
O Parlamento britânico votou contra um novo referendo sobre o Brexit. A proposta de um novo pleito estava em uma emenda rejeitada mais cedo, nesta quinta-feira (14) por Westminster.
Com 85 votos a favor e 334 contra, o texto chamado de “Emenda H” foi rejeitado pela Câmara dos Comuns. A emenda, apresentada pela deputada Sarah Wollaston, previa um adiamento do Brexit suficientemente longo para permitir a convocação de um novo referendo.
A emenda foi apresentada sobre a moção da primeira-ministra britânica, Theresa May, que prevê o adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Segundo os tratados europeus, Londres deverá deixar o bloco no dia 29 de março. Entretanto, o governo britânico quer mais tempo para negociar um acordo de saída.
A hipótese de um novo referendo foi rejeitada também graças a abstenção de massa do Partido Trabalhista. A esquerda britânica não é contrária a um novo pleito, mas se disse céptica sobre o calendário do eventual voto.
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Sem Brexit sem acordo
O Parlamento britânico rejeitou no dia 13 de março a possibilidade de o Reino Unido realizar a saída da União Europeia, o Brexit, sem acordo em 29 de março.
A emenda apresentada por Caroline Spelman, que rejeita a possibilidade de uma saída do bloco sem acordo “a qualquer momento e sob qualquer circunstância” – o “no deal”, foi aprovada por 312 e 308 votos. A premiê Theresa May considerava essa opção na sua lista de alternativas para o Brexit.
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