A Braskem firmou um acordo com a Defesa Civil, na última quarta-feira (4), sobre a execução do plano de desocupação de aproximadamente 400 imóveis e a realocação de 1.500 pessoas que vivem no entorno dos poços de extração de sal-gema da petroquímica. As áreas são consideradas de risco, e estão situadas em Maceió, Alagoas.
Sendo assim, a Braskem iniciará o denominado “Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação” na próxima segunda-feira (9). Esta ação deve ser estendida até o ano que vem. A estimativa é que os acordos sejam fechados durante o ano de 2020. O valor que deverá ser gasto na operação ainda não foi divulgado.
O programa também abrange o pagamento de indenização aos moradores da área de resguardo, suporte na mudança e apoio social, que será adquirida pela Braskem.
A primeira parte do procedimento consistirá na visita de profissionais da área social, para o registro dos imóveis e seus moradores. Uma “central do morador”, que irá prestar o serviço de informações para as famílias, será instalada em aproximadamente 15 dias. Além disso, a Braskem informou que está contratando psicólogos e assistentes sociais para darem suporte aos moradores.
Em meados de novembro, a empresa propôs à Agência Nacional de Mineração (ANM) o fechamento dos 35 poços utilizados na mineração de sal-gema em Maceió.
Vale destacar que a extração de sal-gema não estava funcionando desde maio deste ano, depois que foi divulgado um laudo do Serviço Geológico (CPRM) que associou o afundamento do solo em três bairros da capital alagoana à atividade da petroquímica.
Braskem e previsão de avanço do mercado de resinas
A Braskem reduziu pela metade a previsão de crescimento da demanda de resinas termoplásticas no Brasil para este ano. No início de 2019, a estimativa era de avanço entre 4% e 4,5%, no entanto, agora é de 2%.
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De acordo com o presidente da Braskem, Fernando Musa, a previsão é que o crescimento seja retomado no ano que vem. O resultado positivo no próximo ano deve refletir a recuperação da economia brasileira.
“A operação no Brasil segue enfrentando o desafio do ciclo de baixa da indústria petroquímica e da desaceleração da economia mundial”, disse o presidente da Braskem durante uma teleconferência com analistas.