O vice-presidente de finanças e relações com investidores da Braskem (BRKM5), Pedro Freitas, afirmou que a empresa possui uma forte posição de liquidez para lidar com as dívidas. A fala foi proferida em teleconferência sobre os resultados da companhia, nesta quarta-feira (3).
“Mais de 40% da dívida tem vencimento acima de dez anos, então estamos confortáveis com a situação de alavancagem”, disse Freitas em comentário aos analistas. Segundo o executivo, mesmo com a alavancagem financeira maior neste primeiro trimestre, o endividamento não é algo que assusta a petroquímica.
Para preservar a liquidez, a Braskem adotou diversas medidas como: o reforço de caixa em meio a crise provocada pelo coronavírus e a diminuição dos investimentos previstos para este ano. “Também estamos trabalhando em redução de custos e como otimizar capital de giro”, salientou Freitas.
De acordo com o executivo da Braskem, tirando o instrumento específico nos Estados Unidos, relacionado ao investimento na nova fábrica de polipropileno (PP), não há compromissos de contratos de financiamento utilizados para proteger os interesses dos credores (covenants) nas dívidas contratadas pela Braskem.
Além disso, a responsável pela área de relações com investidores da Braskem, Rosana Avolio, afirmou que a companhia possui liquidez suficiente para cobrir 55 meses de vencimentos, com aproximadamente US$ 3 bilhões.
Resultado da Braskem no primeiro trimestre
A Braskem teve um prejuízo de R$ 3,65 bilhões no primeiro trimestre de 2020. No mesmo período do ano passado, a companhia teve lucro líquido de R$ 928 milhões.
A Braskem informou que seu resultado sofreu um forte impacto da variação cambial na dívida em moeda estrangeira e do ciclo de baixa petroquímica mundial.
A receita líquida da Braskem teve queda de 3% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo intervalo de 2019, ficando em R$ 12,6 bilhões. Em comparação ao quarto trimestre, entretanto, o valor ficou estável.