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Braskem pode deixar operações no Alagoas; cotação das ações sobe 10%

Braskem

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A Braskem pode deixar as operações em Maceió (AL) em até seis meses. A companhia discute a possibilidade devido à paralisação de atividades no estado. As informações são da “Gazeta Web”.

Por conta do debate interno da Braskem, as ações cresciam nesta segunda-feira (20) no fechamento do pregão, conforme:

Em relatório, o Serviço Geológico Nacional informou que as atividades praticadas pela empresa estavam comprometendo os solos dos bairros:

Deste modo, a mineração do sal-gema na região sofreu uma paralisação, desde o último dia 9. A interrupção das atividades foi sugerida pela Justiça, e os Ministérios Públicos Federal e Estadual.

Não é chantagem, mas sim sobrevivência empresarial

A empresa decidiu em reunião fechada com o presidente-executivo, Fernando Musa, pela importação de matéria-prima para atender aos fornecedores. Se em seis meses as atividades não voltarem à normalidade, a companhia deve ir embora de Alagoas.

A possível transferência da Braskem foi apontada como única saída viável para a sobrevivência da controlada pelo Grupo Odebrecht. A diretoria já possui outro lugar nos planos para prosseguir com a exploração de sal-gema.

Considerada como uma das maiores jazidas da América Latina, a nova localização de mineração pela Braskem pode ser no Espírito Santo. Em uma área do estado que faz divisa com a Bahia, perto do porto de Açu.

De acordo com fontes da “Gazeta Web”, na reunião privativa da Braskem, Musa teria afirmado que “a decisão de ir embora de Alagoas não é chantagem com o estado. Mas, uma questão de sobrevivência empresarial“.

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Paralisação de operações da Braskem em Alagoas

O vice-presidente da Braskem, Marcelo Cerqueira, afirmou que a empresa vai arcar com a responsabilidade social com os moradores do Pinheiro. O executivo também informou que R$ 20 milhões estão sendo investidos. O montante é direcionado às obras e estudos sobre as rachaduras e afundamento de imóveis e vias.

Em Alagoas, todas as operações da Braskem estão paralisadas. Confira abaixo:

Conforme com fontes da “Gazeta Web”, na reunião privativa da Braskem, Musa teria afirmado que “a decisão de ir embora de Alagoas não é chantagem com o estado, mas, uma questão de sobrevivência empresarial“.

Prejuízos para o Alagoas

Ainda segundo com o portal, estima-se que a possível saída da Braskem causaria prejuízos estimados em 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado do Alagoas.

O secretário de estado da Fazenda, George Santoro, contudo, não confirmou o fato. “Não é verdade que a Braskem seja responsável por 30% do PIB de Alagoas”. disse o representante político, que também reconheceu a relevância econômica da indústria.

“Não acredito que a empresa vai sair daqui. Ela [Braskem] tem uma estrutura montada, consolidada e atua muito forte. O caminho, agora, é buscar soluções para o problema que a envolve”, opinou o secretário.

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Santoro destacou que a empresa está há 44 anos explorando sal-gema e produzindo matéria para outras empresas de Alagoas. Isto, além de também fornecer commodities para o mercado nacional e exterior. “Acredito que pode haver alternativas viáveis e soluções tecnológicas para manter a produção sem colocar as pessoas em risco“, disse.

Segundo o secretário, a prioridade inicial nos problemas geológicos envolvendo a empresa deve ser a preservação da vida moradores dos bairros ameaçados.

“Depois disso, a Braskem tem que sentar com as autoridades: Ministérios Públicos Federal e Estadual, Defensoria Pública, Justiça, moradores e outros setores para apresentar novos encaminhamentos para reparar possíveis danos e garantir que a empresa continue funcionando com mais segurança, operando com garantias e supervisão técnica rigorosa“, avaliou.

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