A Braskem (BRKM5) acabou de ser rebaixada pelos analistas do UBS-BB, cerca de um mês após a recomendação ser elevada.
O banco retomou a recomendação neutra para as ações da Braskem. O preço-alvo de R$ 26 foi mantido, mas a mudança na rotulação da recomendação se dá após uma valorização substancial dos papéis no Ibovespa.
Isso em meio à escalada dos papéis por causa de uma suposta oferta da Adnoc, e também de movimentações que envolvem a Petrobras (PETR4) – o segundo maior acionista, atrás somente da Novonor dentro do capital social da petroquímica.
“Sinalizamos outras ofertas possíveis, com um VPL mais alto, como um risco positivo. Por outro lado, de acordo com as notícias, a Petrobras, em vez de ser um potencial vendedor, está avaliando se tornar um potencial comprador, o que levanta incertezas sobre os direitos dos acionistas minoritários”, destacou a casa.
“Dadas as declarações do presidente Lula demonstrando interesse em aumentar o controle da Petrobras sobre setores/empresas, achamos que outras ofertas podem pelo menos ser discutidas”, completa.
Ou seja, os fundamentos não mudaram para justificar uma elevação de preço-alvo, contudo a cotação de BRKM5 andou consideravelmente, forçando a casa a aumentar a cautela com a companhia.
Desfecho da ‘novela da Braskem’
Para a ‘novela’ com os acionistas sobre uma eventual venda da empresa, o UBS-BB enxerga quatro cenários possíveis.
- Novonor, credores e Petrobras recusam a oferta da gestora Apollo
- Petrobras (PETR4) não aceita a oferta por sua parte na empresa, mas Novonor e credores avançam com a oferta
- Novonor, credores e a Petrobras aceitam a proposta
- Petrobras contraria a oferta usando seu direito de preferência para adquirir participações adicionais na Braskem
Além disso, a casa destaca o múltiplo de 5,5x EV/Ebitda, em linha com a média histórica da empresa.
Após esse parecer negativo, as ações da Braskem lideraram as quedas do Ibovespa no intradia durante a abertura, com recuo de 2,5%. Mas os papéis fecharam em alta de 0,23%.