Braskem (BRKM5) retoma operação de Polo de Triunfo no Rio Grande do Sul

A Braskem (BRKM5) retomou, gradualmente, o processo das operações das suas plantas localizadas no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul.

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O polo da Braskem no Rio Grande do Sul teve suas operações paralisadas no dia 7 de maio em função das enchentes e fortes chuvas que acometem o estado no momento.

A expectativa da companhia é de que a retomada gradual leve 15 dias, em um ambiente em que as condições climáticas e de logística sigam estabilizadas.

“A decisão dessa retomada considerou a segurança das pessoas, processos e logística”, diz o comunicado ao mercado da Braskem arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“A Braskem reforça seu compromisso com a segurança e com a implementação de ações de apoio a seus integrantes, parceiros e a comunidade local e manterá o mercado informado sobre desdobramentos relevantes, incluindo seus impactos, em cumprimento com as legislações aplicáveis”, completa a companhia.

CPI da Braskem aprova indiciamento da companhia por afundar Maceió

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem no Senado aprovou nesta terça-feira (21), por unanimidade, o relatório do senador Rogério Carvalho (PT-SE), que pede o indiciamento da companhia pelo afundamento de cinco bairros de Maceió, o que levou 15 mil famílias a perderem seus lares.

O relatório também pede o indiciamento de 11 pessoas, sendo oito ligadas à Braskem e três ligadas a empresas que prestaram serviços à petroquímica.

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CPI da Braskem ainda pede o indiciamento de quatro dessas empresas que trabalharam para a Braskem fornecendo laudos e estudos que, de acordo com a comissão, eram falsos ou enganosos.

“Algumas pessoas inconsequentes em busca do lucro rápido e fácil acreditaram que poderiam escavar a terra de qualquer jeito, sem se importar com a população que morava em cima. Mesmo diante da catástrofe do Rio Grande do Sul, ainda há quem pense que pode agredir o meio ambiente de várias formas sem que isso cause problemas”, enfatizou o relator na sessão desta terça-feira.

Para Rogério Carvalho, a CPI demonstrou que a empresa cometeu o crime de “lavra ambiciosa”, retirando mais sal-gema do que a segurança das minas permitia.

Outra conclusão da comissão foi a de que o setor da mineração precisa de um novo modelo de governança.

“Não podemos mais aceitar que as agências reguladoras continuem a conceder e a renovar licenças a partir de dados fornecidos pelas mineradoras sem verificação independente. Precisamos antecipar e evitar novas Maceios, Marianas e Brumadinhos”, alertou Rogério Carvalho, citando também as duas cidades mineiras soterradas por barragens de mineração.

Já o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) lembrou que, durante as investigações, a Braskem reconheceu publicamente, pela primeira vez, a culpa pelo afundamento dos bairros em Maceió, mas acrescentou que isso não é suficiente. 

“Essas pessoas, em algum momento, poderiam ter parado, poderiam ter observado a legislação do que se refere à segurança, não trabalharam com transparência e tudo isso aqui ficou muito claro. Inclusive, eu faço um apelo também para que a Polícia Federal, que há mais de cinco anos tem um inquérito em andamento, que conclua esse inquérito”, destacou Rodrigo Cunha.

Por meio de nota, a Braskem afirmou que sempre esteve à disposição da CPI colaborando com todas as informações e providências solicitadas pela comissão. “A companhia continua à disposição das autoridades, como sempre esteve”, destacou a companhia.

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Eduardo Vargas

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