A Braskem (BRKM5) informou nesta quinta-feira (9) que irá separar cerca de R$ 1,6 bilhão que serão destinados a gastos referentes ao afundamento do solo em bairros de Maceió (AL).
Segundo o “Valor Econômico”, a Defesa Civil de Maceió ampliou recentemente a área considerada de risco e, por isso, a Brasken vai provisionar mais R$ 850 milhões para “potenciais medidas de apoio aos moradores das novas áreas” e R$ 750 milhões para o encerramento definitivo da extração de sal-gema na cidade.
Com isso, a companhia já tem provisões de R$ 5 bilhões para cobrir despesas com o problema em Maceió. A empresa vem sofrendo com os gastos na região.
No passado, o aumento das contingências com processos judiciais, que passaram de cerca de R$ 15 bilhões em junho do ano passado para cerca de R$ 40 bilhões no momento, dado o problema em Maceió, afetaram a companhia.
A nova previsão de gastos afetou as ações da Braskem na B3, a bolsa de valores de São Paulo. Os papéis da Braskem lideraram as baixas nesta quinta-feira (9), com queda de 7,02%, cotados a R$ 23,57.
Braskem tenta superar Maceió
No dia 3 de março do ano passado, após fortes chuvas, moradores de alguns bairros de Maceió (AL) sentiram algo nada comum por lá: um tremor de terra se fez sentir na região. Em meio ao susto, houve corre corre e diversos moradores abandonaram suas casas. E, além do susto inicial das pessoas, o tremor atingiu também a Braskem (BRKM5).
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A petroquímica realizava, perto dali, a extração de sal-gema em cerca de 35 poços, que retiravam matéria prima utilizada na fabricação de soda cáustica e PVC pela Braskem.
Mas, o que parecia o início da recuperação da Braskem após escândalos de corrupção, dificuldades de caixa e problemas com a bolsa de Nova York mostrou que a Braskem ainda tem um longo caminho pela frente.