Braskem (BRKM5) diz que não tem conhecimento sobre indicação de Guido Mantega ao conselho

Em comunicado divulgado na manhã desta segunda-feira (18), a Braskem (BRKM5) se manifestou a respeito de uma matéria veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo, afirmando que o governo federal estaria avaliando a indicação do ex-ministro Guido Mantega para o conselho de administração da petroquímica.

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“A este respeito, a Braskem informa que não tem conhecimento de tal informação, razão qual questionou a Petrobras”. Em comunicado, a estatal também esclareceu que “até o presente momento, não tem conhecimento do assunto mencionado na notícia em questão”.

Segundo a Folha, Guido Mantega esteve na tarde da última quarta-feira (13) no Palácio do Planalto para discutir seu futuro com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

O mandato de 10 dos 11 conselheiros da Braskem expira em abril. A Petrobras tem direito a 4 assentos no conselho da petroquímica, todos em vacância a partir do próximo mês. Os demais são da Novonor, antiga Odebrecht.

Segundo a publicação, portanto, Mantega poderia entrar em uma dessas vagas, e a indicação do ex-ministro dependeria apenas de trâmites burocráticos.

Vale lembrar que antes de ser cogitado para o conselho de administração da Braskem, Mantega já havia sido cotado para a presidência ou conselho de administração da Vale (VALE3).

Braskem (BRKM5): Adnoc e Novonor devem se reunir antes de oferta, diz coluna

A petroleira dos Emirados Árabes Unidos, Adnoc e a Novonor (ex-Odebrecht), controladora da Braskem (BRKM5), ainda devem se reunir antes de um oferta vinculante pela petroquímica se tornar realidade. Um encontro entre as companhias poderia ocorrer já na próxima semana, de acordo com coluna do Broadcast/Estadão.

Segundo a publicação, a Adnoc concluiu as diligências nas unidades da Braskem, mas o processo de avaliação da companhia como um todo ainda não chegou ao fim. Na última quinta-feira (14), as ações da Braskem fecharam na máxima do dia, com rumores de que uma proposta vinculante seria apresentada em breve. Segundo fontes, ainda há um trabalho a ser feito antes de isso acontecer.

Em relação à Adnoc, diz o jornal, os comentários recentes são de que eventuais revisões no passivo relacionado à operação desativada de sal-gema em Maceió, após o afundamento da mina 18 no ano passado, trouxeram mais incertezas ao negócio para os árabes – o assunto, inclusive, foi bastante discutido durante as diligências, informou o Estadão.

Já a Novonor gostaria de ter uma fatia maior do que os 4% propostos pela Adnoc ao final da transação. Além disso, a proposta financeira não cobre a dívida dos bancos, disse a publicação.

Vale lembrar que no ano passado, a Adnoc propôs ficar com 38% do capital total da Braskem por R$ 10,5 bilhões. A Novonor ficaria com 4% do capital total. A dívida da Novonor com os bancos, que tem como garantia os papéis da Braskem, soma mais de R$ 15 bilhões. São credores o Bradesco (BBDC4)Itaú (ITUB4)Santander (SANB11)Banco do Brasil (BBAS3) e BNDES.

Atualmente, a Novonor detém o controle da Braskem, com uma participação de 50,1% das ações ordinárias e 38,3% do capital total. Ao seu lado, está a Petrobras (PETR4), com uma fatia de 47% das ordinárias e 36,1% do total. A Novonor negocia sua fatia como parte do plano de recuperação judicial.

A intenção da Adnoc com a aquisição da Braskem é marcar presença nas Américas, criando uma plataforma de investimentos a partir da petroquímica, que pode ter seu capital fechado, de acordo com o Broadcast.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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