Braskem (BRKM5) nega acordo bilionário e tem recomendação cortada por banco; Ações tombam

A Braskem (BRKM5) comunicou nesta quarta-feira (5) que tem avançado nas tratativas com entes públicos, incluindo o município de Maceió, em relação a pleitos indenizatórios que podem resultar em um acordo entre as partes.

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Porém, a Braskem disse em comunicado que o fechamento de um acordo de R$ 1,7 bilhão com a prefeitura de Maceió não foi realizado, prestando esclarecimentos à CVM após uma notícia publicada pelo jornal Valor Econômico.

Segundo o Valor, a Braskem e a prefeitura de Maceió estariam em tratativas para um acordo em relação ao afundamento do solo nos bairros da capital de Alagoas, cujo pagamento adicional envolveria R$ 1,7 bilhão pela empresa petroquímica.

A quantia se refere aos prejuízos que Maceió sofreu devido ao problema geológico, gerando negociações que já perduram há alguns meses. Entre as perdas do município, se incluem também as arrecadatórias.

A Braskem disse que, embora a matéria noticiada “reflita substancialmente o estágio atual das discussões com o município de Maceió”, nenhum acordo foi assinado até o momento.

Além disso, a companhia acrescenta que os termos e condições de um eventual acordo ainda deverão ser submetidos à aprovação dos órgãos de governança e de outras partes envolvidas.

JPMorgan corta recomendação da Braskem para neutra e diminui preço-alvo em 5%; Ações tombam

O JPMorgan cortou sua recomendação para neutra nas ações da Braskem, além de ter reduzido o preço-alvo dos papéis em 5%, que passaram de R$ 30 para R$ 28,50.

Por volta das 11h50, as ações da Braskem, negociadas sob o ticker BRKM5, lideravam as maiores perdas do Ibovespa hoje, com baixa de 3,39%, cotadas a R$ 27,96.

O JPMorgan afirma que a maior preocupação do banco em relação ao setor petroquímico está nas estimativas de spreads, que representa a diferença entre o preço dos produtos e os custos associados às matérias-primas.

Além disso, o banco também está analisando qual seria o atual momento do ciclo do setor petroquímico.

O banco diz em relatório que mantinha sua posição overweight em razão dos valuations descontados que eram vistos no segmento petroquímico. Porém, as expectativas do JPMorgan não são muito positivas com o setor para este ano e para 2024.

“Para essa pergunta, respondemos ver uma normalização dos spreads, sugerindo um ciclo de baixa para 2023 e 2024, recuperando-se a partir de 2025. Ao mesmo tempo, argumentamos que os valuations com desconto sustentavam nosso overweight no segmento”.

Assim, conforme a visão do banco, o corte na recomendação das ações da Braskem acontece enquanto a companhia se aproxima do seu valor justo, somado ao enfraquecimento dos spreads para o 2º trimestre de 2023 e para 2024.

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João Vitor Jacintho

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