A Braskem (BRKM5) criou uma empresa independente para gerir suas operações de compra e gestão de energia, a Voqen. As informações são do portal Valor Econômico.
A nova empresa vai atender tanto à Braskem quanto a outros nomes do setor químico e petroquímico.
O foco será em novos modelos de comercialização de gás e energia e na entrega de soluções de energia renovável para acelerar a transição energética.
De início, 100% do capital social da Voqen será controlado pela Braskem.
A nova empresa nasce com carteira de mais de R$ 3 bilhões por ano em contratos de energia elétrica e gás natural sob gestão, visando atuar em um mercado disputado por gigantes como Comerc e Delta Energia.
Os primeiros contratos da Voqen abrangem cerca de 750 megawatts médios e 2,5 milhões de metros cúbicos diários de gás.
O diretor de energia da Braskem, Gustavo Checcucci, afirmou, ao Valor Econômico, que a proposta objetiva uma maior atividade da companhia no setor de gestão de energia.
“Sempre fomos procurados por nossos clientes, de forma natural, para auxiliá-los com soluções em gestão de energia”, disse.
Voqen usará expertise da Braskem
A carteira potencial de clientes da Voqen, que, em tese, corresponde à carteira da própria Brasekm, não é revelada por motivos estratégicos.
“Esse é mais um passo importante no processo de descarbonização e queremos levar isso para a cadeia petroquímica como um todo”, disse ao portal.
A Voqen será formada por onze profissionais e ocupará, inicialmente, uma sala dentro da Braskem.
A empresa será liderada por dois executivos vindos da petroquímica. Claudio Lindenmeyer deve ser o diretor de comercialização e de gás natural, enquanto Fábio Yanaguita será diretor de comercialização de energia elétrica.
A Braskem atualmente utiliza diferentes fontes de energia renovável em suas operações no país, além de ter firmado parcerias com grandes nomes do setor.
O lançamento da Voqen vem para ajudar a empresa a cumprir com objetivos como as metas de descarbonização definidas para as próximas décadas.
Os executivos afirmam ao Valor que não existem planos na mesa, mas, futuramente, nada impediria à nova cria da Braskem de receber novos sócios e capitalizar-se em uma oferta pública inicial (IPO) de ações.
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