A Braskem (BRKM5) informou, na última sexta-feira (14), que o fundo de investimento Alaska reduziu a participação acionária na petroquímica.
A Alaska reduziu para 17.175.800 ações preferencias emitidas pela Braskem, o que corresponde a 4,97% do total de papéis preferenciais. O fundo, que possui como cofundador o Henrique Bredda, também declarou possuir 4.100.00 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações da petroquímica.
De acordo com a Alaska, “a redução da participação societária teve por objetivo a mera realização de operações financeiras, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia”.
Odebrecht contrata Morgan Stanley para venda da Braskem
A Odebrecht, gigante no ramo de construções, contratou a instituição financeira Morgan Stanley para coordenar a retomada do processo de venda da Braskem. A empresa, que teve seu processo de recuperação judicial homologado há aproximadamente 10 dias, comunicou sobre a medida na semana passada.
A segunda empresa que mais detém participação na Braskem, a estatal petroleira, Petrobras (PETR3;PETR4), também tem como intuito vender suas ações na companhia. Este movimento, entretanto, deverá ocorrer no Novo Mercado da B3. Com a venda das ações por parte das duas maiores acionistas da petroquímica, ela poderá se transformar em uma empresa “pura”.
A Odebrecht estima que a venda das ações na companhia ocorrerá em um período de até três anos. O grupo fundado em Salvador, na Bahia, possui 38,3% do capital total da Braskem e 50,1% do votante. Por outro lado, a Petrobras detém 36,1% da petroquímica, e 47% das ações votantes.
A Braskem possui um valor de mercado avaliado em aproximadamente R$ 18,6 bilhões. A empresa já chegou a ser estimada em R$ 48 bilhões, em setembro de 2018. Desconsiderando um possível prêmio de controle, a Odebrecht poderia levantar R$ 7,1 bilhões com a venda de sua participação na Braskem.