A Braskem (BRKM3) espera iniciar a produção comercial da fábrica de polipropileno (PP) nos EUA, cuja a conclusão da construção foi divulgada nesta quarta-feira (24), no terceiro trimestre deste ano. Segundo a companhia, os testes iniciais começarão em julho.
A nova fábrica da Braskem fica em La Porte, no Texas, e possui a capacidade de produzir mais de 450 mil toneladas anuais de todo o portfólio da resina. A unidade recebeu o investimento de US$ 675 milhões (cerca de R$ 3,54 bilhões).
Em comunicado, o presidente do segmento para a América da petroquímica, Mark Nikolich, disse que a produção inicial será direcionada para o mercado interno dos EUA. A operação substituirá os volumes de resina que são importados para atender o déficit de PP no país.
No Suno One você aprende a fazer seu dinheiro trabalhar para você. Cadastre-se gratuitamente agora!
Todavia, a partir da nova planta, também haverá a exportação de resina para clientes da Braskem em outros países da América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia.
Segundo a empresa, já foi iniciado o comissionamento da unidade, com a implementação de medidas de segurança devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Na primeira fase, serão realizados os testes funcionais e de processo, averiguação de controles e sistemas de segurança.
Dessa forma, os testes de produção deverão iniciar em julho, com a primeira produção comercial de larga escala ainda no terceiro trimestre deste ano.
Segundo o vice-presidente de polipropileno da Braskem na América do Norte, Alexandre Elias, o coronavírus afetou as vendas do produto na região nos últimos dois meses para o segmento de bens duráveis, sobretudo no setor automotivo.
Esse resultado negativo foi compensado em partes pelas vendas para clientes de não tecidos e embalagens. “Em junho, a demanda se recuperou e a expectativa da Braskem para o mercado americano de PP no terceiro trimestre é positiva”, afirmou Elias.
Saiba mais: Braskem fecha contrato de compra de energia renovável
O executivo da Braskem salientou, em nota, que a combinação de demanda reprimida, paradas programadas para o terceiro trimestre e oportunidades de exportação devem assegurar a entrada da produção da nova fábrica sem alarmar o mercado.