A Braskem (BRKM5) assinou um acordo de joint venture com a Thau Polyethylene (TPE), subsidiária integral da SCG Chemicals, para a formação da Braskem Siam. O objetivo é viabilizar a construção de uma fábrica para desidratação de bioetanol, tendo em vista a produção de bioeteno.
Em comunicado ao mercado, a petroquímica brasileira informou a joint venture é resultado de uma parceria entre a Lummus Technology e a Braskem B.V, subsidiária da empresa na Holanda, e está sujeita à aprovação das autoridades antitruste competentes.
Ainda de acordo com a Braskem, o estágio atual da joint venture é uma etapa importante para que a decisão final de investimento ocorra no último trimestre de 2024, período em que os conselhos de administração da petroquímica brasileira e da SCG decidirão sobre a continuidade do projeto.
“A JV está alinhada com a Estratégia Corporativa da Braskem para 2030 e faz parte da avenida de crescimento bio-based da Braskem, que apoiará a Companhia a atingir o seu compromisso de expandir a capacidade de produção de produtos verdes para 1 milhão de toneladas até 2030″, informou a empresa.
Petrobras (PETR4) afirma não ter decisão executiva sobre a Braskem
A Petrobras (PETR4) comunicou na última segunda-feira (14) pela manhã que tanto a Diretoria Executiva como o Conselho de Administração não chegaram a uma decisão final sobre o desinvestimento ou crescimento de participação na Braskem.
Segundo a estatal, o processo de due diligence – que está sendo realizado – é apenas uma etapa necessária para análise e eventual exercício de tag along ou direito de preferência, na hipótese de alienação das ações da Braskem (BRKM5) detidas pela Novonor (ex-Odebrecht) na companhia, conforme regras previstas no acordo de acionistas assinado entre Petrobras e Novonor.
“Nesse sentido, a companhia esclarece que decisões sobre aquisições e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”, afirmou a Petrobras, em comunicado ao mercado.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Braskem (BRKM5) reforçou que havia solicitado os esclarecimentos sobre a participação societária da petrolífera e após a nota da PETR4, afirmou que irá continuar apoiando os acionistas e mantendo o mercado atualizado de novos desdobramentos relevantes.
Braskem reduz prejuízo no segundo trimestre em 45%
Conforme divulgado na última quinta-feira (10), a Braskem obteve um prejuízo líquido de R$ 771 milhões no segundo trimestre de de 2023 (2T23). O valor representa uma baixa de 45% contra igual etapa do ano anterior, quando registrou perdas de R$ 1,406 bilhão.
O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente totalizou R$ 703 milhões no 2T23, baixa de 82% na base anual.
A receita líquida de vendas, por sua vez, caiu 30% ante igual etapa no ano anterior, para atuais R$ 17,7 bilhões.
O resultado da Braskem mostrou também que o resultado financeiro ficou positivo em R$ 161 milhões, ante resultado negativo de R$ 3,39 bilhões apurado em igual período de 2022.
O saldo da dívida bruta da Braskem no 2T23 fechou em US$ 8,9 bilhões, com 95% dos vencimentos sendo de longo prazo e 5% de longo prazo.
A dívida líquida ajustada, por sua vez, foi de US$ 4,6 bilhões, estável em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Além disso, a Braskem investiu cerca de US$ 344 milhões (R$ 1,7 bilhão) no primeiro semestre deste ano. Para o total deste ano, a projeção é de que a empresa invista US$ 724 milhões (R$ 4,0 bilhões).
Com informações de Estadão Conteúdo.