Faltam dez dias para o primeiro turno das eleições presidenciais, e o movimento ascendente de Fernando Haddad (PT) ainda não parou. É o que mostra o levantamento do Instituto Brasilis, contratado pela Genial Investimentos, com margem de erro de 3,5 pontos para cima ou para baixo.
Segundo a pesquisa, que ouviu 1.000 eleitores por telefone em todas as regiões do país, Jair Bolsonaro (PSL) perdeu intenções de voto desde o último levantamento, passando de 30% para 27%. Haddad, por sua vez, cresceu de 17% para 22% no mesmo período. Como a diferença entre os candidatos está dentro da margem de erro, é possível dizer que eles estão em empate técnico.
“A nova rodada da pesquisa revela um fortalecimento consistente da candidatura de Fernando Haddad. Ao mesmo tempo, há sinais de que Bolsonaro passou a sentir tanto o golpe dos ataques de Alckmin quanto sua ausência da campanha em função da convalescença da facada”, disse Alberto Almeida, cientista político e sócio-diretor do Instituto Brasilis.
A pesquisa parece indicar um segundo turno provável entre Haddad e Bolsonaro, pois os outros candidatos estão bastante distantes da pontuação de ambos. Em terceiro lugar aparece Geraldo Alckmin (PSDB), com 10%, uma alta de 3 pontos em relação ao último levantamento. Depois, Ciro Gomes (PDT), com 8%, e Marina Silva (Rede), com 5%. João Amoêdo (Novo) e Álvaro Dias (Podemos) têm 3% das intenções de voto cada.
Para Almeida, a proximidade das eleições torna difícil um cenário de segundo turno que não inclua os dois líderes. “Para que um dos demais candidatos se torne capaz de ir ao segundo turno, deslocando ou Bolsonaro ou Haddad, é preciso retirar para si, ao menos, 0,8 ponto percentual por dia dos candidatos favoritos a se qualificarem para o segundo turno. Não há sinais consistentes de que isso possa ocorrer”, avalia.
E quando a pesquisa simula o segundo turno entre os dois candidatos que estão à frente, a vitória é de Haddad. Mesmo com a margem de erro relativamente alta, o petista tem vantagem o bastante para sair da condição de empate técnico, com 44% a 36% das intenções de voto. Brancos e nulos somam 15%, e 4% não sabem ou não responderam. A projeção é uma inversão do cenário da última pesquisa, que mostrava 43% a 39% para Bolsonaro.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o código BR-00592/2018 e foi realizada entre os dias 25 e 26 de setembro, entrevistando 1.000 pessoas por telefone em todas as regiões do país. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.