BrasilAgro (AGRO3) tem prejuízo líquido de R$ 5,82 milhões no 2T24; confira
A BrasilAgro (AGRO3) reportou um prejuízo líquido total de R$ 5,822 milhões no segundo trimestre da safra 2023/2024 (2T24), contra perdas de R$ 12,881 milhões no segundo trimestre da safra 2022/2023 (2T23), segundo relatório divulgado na quarta-feira (7).
No 2T24, a receita líquida total da BrasilAgro foi de R$ 155,687 milhões, queda de 15% frente aos R$ 183,032 milhões registrados no 2T23.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em R$ 12,615 milhões, contra um Ebitda ajustado positivo de R$ 17,128 milhões do 2T23.
Ainda de acordo com o balanço da BrasilAgro, o valor com venda de fazendas tombou 83% na base anual, passando de R$ 28,093 milhões no 2T23 para R$ 4,752 milhões no 2T24.
“O ano de 2024 começou desafiador para o agronegócio, tanto do lado comercial, quanto do lado do clima. E mais uma vez, o planejamento estratégico e a visão integrada das cadeias produtivas se tornam cada vez mais importantes para as empresas do setor”, pontua André Guillaumon, CEO da BrasilAgro.
Em relatório, o BTG Pactual (BPAC11) reforçou que a BrasilAgro reportou outro resultado fraco, refletindo venda de estoques da safra anterior, ainda impactados por dificuldades de custos e intensificados por um declínio dos preços das matérias-primas agrícolas.
O banco lembra que apesar das margens agrícolas mais estreitas em todo o setor, Guillaumon mencionou em uma entrevista à imprensa o potencial para maior liquidez nas vendas de terras agrícolas, o que poderia compensar os resultados difíceis vistos recentemente.
O BTG tem recomendação de ‘compra’ para as ações de BrasilAgro, com preço-alvo a R$ 43,00.
Projeções para a safra 2023/2024 da BrasilAgro
Conforme informado pela BrasilAgro no trimestre passado, devido à alta volatilidade no preço do milho, que acabou comprimindo as margens, a companhia alterou o mix de área plantada para a safra 23/24 em relação ao orçamento inicial.
“Projetamos reduzir em 7% a área total plantada em comparação à estimativa inicial. Já em relação à safra passada, a área plantada cresceu 10%”, diz a companhia.
Assim, com a diminuição da área plantada, a BrasilAgro projeta reduzir em 17% a produção de grãos e algodão, comparado à estimativa inicial.
“Nos cultivares de milho, além da diminuição de área, na Bahia, tivemos redução de produtividade devido à irregularidade de distribuição de chuvas, afetando as lavouras no seu período vegetativo, provocando diminuição de produtividade”, acrescenta.
Desempenho das ações de BrasilAgro
No fechamento de quarta-feira (7), as ações de BrasilAgro fecharam em alta de 1,53%, a R$ 24,63.
Cotação AGRO3