A Brasil Pharma teve sua falência decretada pelo juiz, Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, nesta terça-feira (11).
A Brasil Pharma havia enviado o pedido de falência à Justiça em 6 de junho alegando que não tinha como obter recursos suficientes para cumprir com os compromissos listados em seu plano de recuperação judicial e que, dessa forma, não havia como continuar operando.
De acordo com o juiz do caso, a empresa não tem capacidade de cobrir as despesas administrativas, pessoais, financeiras e as vinculadas aos credores e por isso “não há como rejeitar o pleito”.
Segundo ele, “não é plausível manter a existência de uma empresa que já confessou não ter condições de perseguir seu objeto social”.
Com a falência decretada da empresa, suas ações pararam de ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo nesta terça-feira (11). Na última sessão, na segunda-feira (10), os papéis da empresa estavam avaliados em R$ 0,62.
Venda de bens
A Deloitte foi escolhida com administradora judicial do processo de falência e agora será a responsável por levantar e avaliar todos os bens que pertencem à Brasil Pharma.
O leilão será coordenado pela Mega Leilões e, de acordo com a Justiça, será dividido em três praças para negociação:
- Na primeira praça será negociado com 50% do valor da avaliação;
- Na segunda praça será negociada com 30% do valor;
- Na terceira praça será negociada com 10%.
No entanto, em relação aos medicamentos, Sacramone ordenou que seja apresentada a relação dos produtos a serem negociados e que esses sejam vendos depois.
A Brasil Pharma irá realizar uma assembleia geral extraordinária com seus acionistas para validar o pedido de falência da empresa.