A Brasil Pharma (BPHA3) publicou fato relevante nesta quinta-feira (6) convocando Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para acionistas discutirem o pedido de falência, que foi aprovado pelo Conselho de Administração da empresa.
As negociações dos papeis foram suspensas até às 11h pela B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) após o informe. Às 15h08, as ações ordinárias (ON) da Brasil Pharma caíam 45,65% a R$ 0,75. No fechamento, entretanto, as perdas foram contidas a 36,96% (R$ 0,87).
A Brasil Pharma realizou o pedido de recuperação judicial à 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo em janeiro de 2018.
O plano de recuperação judicial foi homologado em novembro de 2018. Contudo, de acordo com a empresa, o plano “foi severamente afetado por diversos fatores e intercorrências nos últimos meses. Que acabaram por comprometer o prosseguimento da recuperação judicial e tornaram ineficazes as medidas visando à solução da persistente crise econômico-financeira da companhia”.
A empresa destacou os seguintes fatores:
- o baixo valor arrecadado nos leilões de mercadoria e ativos conduzidos nos termos do plano de recuperação judicial;
- a rápida queda do valor de mercado dos pontos comerciais, avaliados em cerca de R$ 55 milhões de reais. Isto ocorreu em função de inúmeras ações judiciais para retomada dos imóveis, e não amparadas pelo benefício da recuperação judicial;
- e a suspensão do leilão da rede de drogarias “Farmais”, que impediu a alienação do ativo mais relevante, avaliado no plano de recuperação judicial em R$ 150 milhões.
Saiba mais – Venda da Farmais, da BR Pharma, é suspensa pela Justiça
Suspensão do plano de recuperação judicial da Brasil Pharma
Em 6 de março de 2019, a Panpharma obteve liminar em segunda instância que suspendeu o plano de recuperação judicial da varejista.
No pedido de liminar, a Panpharma, que é credora da Brasil Pharma:
- questionou a atuação do grupo BTG Pactual (BPAC11), o antigo controlador da varejista;
- mencionou a venda da Brasil Pharma para o empresário Paulo Remy, em 2017;
- além de citar conflito de interesse de sócios do BTG Pactual, credores da rede.
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