Brasil salta duas posições e se torna a nona economia do mundo em 2023
Com previsão de crescimento de 3,1% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o Brasil saltará duas posições e se tornará a nona economia do mundo em 2023, divulgou nesta terça-feira (19) o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo a instituição, o país deverá encerrar o ano com PIB nominal de US$ 2,13 trilhões, ultrapassando o Canadá, com PIB estimado em US$ 2,12 trilhões.
No ano passado, o Brasil estava na 11ª posição. Segundo o FMI, até 2026, o Brasil pode subir uma posição e tornar-se a oitava maior economia do planeta, com PIB estimado em US$ 2,476 trilhões.
As estimativas foram divulgadas com base no relatório Perspectiva Econômica Mundial, lançado em outubro. Na ocasião, o FMI estimou crescimento de 3,1% para o PIB brasileiro neste ano, contra estimativa de 2,1% no relatório anterior.
Segundo o FMI, os Estados Unidos, a China e Alemanha continuaram sendo as maiores economias do mundo neste ano. O órgão projeta que a economia global desacelerará neste ano, crescendo 3%, contra 3,5% em 2022. Para 2024, o FMI estima expansão global de 2,9%.
Para o Brasil, o FMI projeta crescimento de 1,5% no próximo ano. A projeção é mais baixa que a da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que prevê expansão de 1,8% para a economia brasileira em 2024. O Ministério da Fazenda projeta crescimento de 2,2%.
Confira o ranking das dez maiores economias do mundo em 2023, segundo projeção do FMI:
1. Estados Unidos – US$ 26,95 trilhões
2. China – US$ 17,7 trilhões
3- Alemanha – US$ 4,43 trilhões
4. Japão – US$ 4,23 trilhões
5. Índia – US$ 3,73 trilhões
6. Reino Unido – US$ 3,33 trilhões
7. França – US$ 3,05 trilhões
8. Itália – US$ 2,19 trilhões
9. Brasil – US$ 2,13 trilhões
10. Canadá – US$ 2,12 trilhões
Fonte: Fundo Monetário Internacional
S&P eleva rating do Brasil para ‘BB’, com perspectiva estável, após aprovação da reforma tributária
A agência de avaliação de risco S&P Global Ratings anunciou hoje (19) um aumento na nota de crédito do Brasil de BB- para BB. A perspectiva atribuída é estável.
Apesar da melhoria no rating do Brasil, a classificação ainda indica um “grau especulativo”. Segundo a S&P, isso sugere que o Brasil está menos suscetível a riscos a curto prazo, mas continua a enfrentar incertezas em relação às condições financeiras e econômicas adversas.
“A perspectiva estável reflete nossa expectativa de que o Brasil manterá uma posição externa forte, graças à forte produção de commodities e às necessidades limitadas de financiamento externo”, diz a agência de classificação de risco.
Para a S&P, a estrutura institucional do Brasil é destacada como capaz de sustentar a formulação de políticas estáveis e pragmáticas, fundamentadas em “controles e equilíbrios” abrangentes em todos os poderes.
Na semana passada, a Fitch, que foi a primeira a elevar a nota do Brasil este ano, já havia reiterado o rating soberano, também classificado como ‘BB’.
” A estrutura institucional do Brasil pode sustentar a formulação de políticas estáveis e pragmáticas, com base em amplos freios e contrapesos nos poderes executivo, legislativo e judiciário do governo. Esperamos uma correção fiscal muito gradual, mas antecipamos que os déficits fiscais permanecerão elevados”, diz a agência.
A S&P indica que prevê uma correção fiscal de modo muito gradual, antecipando a manutenção de déficits fiscais expressivos.
No entanto, a agência alerta para possíveis impactos negativos, afirmando que poderá rebaixar a nota do Brasil em caso de uma deterioração fiscal adicional e um aumento da dívida pública além das expectativas. Acrescenta que uma piora na sinalização política também poderá reduzir os fluxos de investimento estrangeiro direto, enfraquecendo, assim, a economia brasileira.
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Com Agência Brasil