Brasil: Mais de 50% das empresas ativas são MEIs, diz Ministério da Economia
O Ministério da Economia divulgou nesta quinta-feira (17) os dados do boletim Mapa de Empresas, revelando que mais da metade das empresas ativas no Brasil durante o fim de agosto são registradas como microempreendedores individuais (MEIs).
Dentre as 19,289 milhões empresas ativas, 10,689 milhões delas são microempreendedores individuais, informou o Ministério da Economia. No segundo quadrimestre deste ano foram abertos 889.712 novos MEIs.
Apesar do número elevado, este ano apresentou uma desaceleração na criação das MEIs, declarou a subsecretária de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato, Antonia Tallarida.
Os dados apontam que o número de empresas abertas teve uma alta de 2% entre maio e agosto em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 1,114 milhão. Enquanto ao comparar com o primeiro quadrimestre deste ano, a alta foi de 6%.
A alta no nível de abertura dos negócios durante o ano poderia ter sido maior se não tivesse ocorrido uma desaceleração nos meses de abril e maio em função da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19), declarou Luis Felipe Monteiro, secretário de Governo Digital. Entretanto “em junho já começamos a ver uma recuperação”, completou.
Em contrapartida, 331.569 empresas foram fechadas formalmente no mesmo período, representando uma queda de 17,1% em relação ao segundo quadrimestre de 2019 e de 6,6% sobre os primeiros quatro meses deste ano.
“O governo federal tem trabalhado em políticas públicas que visam fomentar o ambiente de negócios brasileiro em face da pandemia”, informou o documento. Um dos exemplos citados foi o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
De acordo com os dados, o comércio varejista de vestuário e acessórios registrou os maiores números em relação às aberturas mas também aos fechamentos de empresas durante o segundo quadrimestre de 2020, sendo 68.711 empresas abertas e 22.961 fechadas. Ao analisar o resultado, o Ministério da Economia declarou que o setor vem apresentando recuperação.
Ministério da Economia revisa inflação para cima
O Ministério revisou para cima sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2020. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano passou de 1,58% para 1,83%. Para 2021, a projeção passou de 3,24% para 2,94%.
A pasta também atualizou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – utilizado para a correção do salário mínimo. Segundo a nova grade de parâmetros macroeconômicos da equipe, a estimativa para a alta do indicador neste ano passou de 2,01% para 2,35%. Para 2021, a projeção passou de 3,56% para 3,08%.
Já a estimativa para a alta do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2020 passou de 6,58% para 13,02%. Para o próximo ano, a projeção passou de 4,11% para 4,18%, informou o Ministério da Economia.