Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o Brasil se tornará a segunda maior fonte de crescimento da produção mundial de petróleo até 2030, ficando somente dos Estados Unidos. A noticia foi divulgada pelo jornal “Valor Econômico”, nesta segunda-feira (28).
Às vésperas do megaleilão dos excedentes da cessão onerosa, o diretor-executivo da AIE, o turco Faith Birol, afirmou que a rodada, que ofertará volumes recuperáveis de cerca de 6 bilhões a 15 bilhões de barris de óleo equivalente, é “certamente uma das maiores da história do setor”. Segundo Birol, o Brasil “veio para ficar” como um dos principais produtores de Petróleo do mundo.
Segundo a entidade, o país deve acrescentar mais 1,2 milhão de barris diários de óleo aos produtores internacionais até 2024, representando um aumento de 45% em comparação aos níveis do ano passado, que foi de 2,6 milhões de barris por dia.
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Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, o economista disse: “graças às mudanças estratégicas no marco regulatório da exploração e produção de óleo e gás, esperamos que a produção do Brasil cresça muito fortemente nos próximos anos. A próxima rodada de licitações dos excedentes da cessão onerosa é, certamente, uma das maiores da história do setor global de petróleo e o alto nível de interesse é um reconhecimento dos esforços do Brasil (nas reformas regulatórias) nos últimos anos. O país certamente veio para ficar como um importante fornecedor global de petróleo”.
“O mundo precisará de petróleo e gás por muitos anos”
Birol veio ao país para apresentar uma palestra nesta terça, na Offshore Technology Conference (OTC), no Rio de Janeiro.
O executivo também salientou que: “mesmo no nosso cenário de desenvolvimento sustentável, ainda haverá um papel para as petroleiras fornecerem óleo e gás. A demanda (por petróleo) não desaparecerá da noite para o dia. No entanto, olhando para o longo prazo, as petroleiras vão ver oportunidades para [usar] seus conhecimentos técnicos e seus recursos financeiros numa mudança gradual em direção às energias renováveis e à economia de energia de baixo carbono. O mundo precisará de petróleo e gás por muitos anos vindouros”.