O Brasil estuda a possibilidade de deixar o Mercosul caso a Argentina não aceite reduzir as alíquotas de importação a serem praticadas pelo bloco dentro de um período de quatro anos. Em contrapartida, Uruguai e Paraguai já concordaram em reduzir alíquotas em quase o total dos mais de 10 mil itens negociados.
A saída do Mercosul iria fazer com que o Brasil se complicasse em relação ao acordo de livre-comércio com a União Europeia. Sendo assim, representantes do governo já estão se movendo em relação ao assunto para saber se o tratado valeria para o País mesmo sem fazer parte do bloco sul-americano.
A estratégia brasileira pode ser uma medida extrema para seguir com o plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, de impulsionar a abertura da economia e o aumento da produtividade.
Na última proposta tarifária discutida entre os países do Mercosul, noticiada pelo “Valor Econômico”, a indústria seria o setor mais afetado, com uma diminuição do imposto de importação para o setor de 13,6% para 6,4%.
De acordo com a última proposta, a TEC (Tarifa Externa Comum) ficaria em 6,8%, uma diminuição de 40%. A TEC é um imposto de importação cobrado sobre bens estrangeiros para entrar nos territórios de:
- Brasil
- Argentina
- Paraguai
- Uruguai
Os veículos de passeio, por exemplo, sairiam dos 35% para 12%. A tarifa do aço cairia de 10,4% para 3,7%. Alguns tipos de plástico cairiam de 12% para 8%. O prolipropileno cairia de 14% para 4%.
França não assinará acordo do Mercosul nas ‘atuais condições’, diz ministra francesa
A ministra francesa do Meio Ambiente, Elisabeth Borne, disse, no início deste mês, que a França não assinará o acordo sobre questões agrícolas entre a União Europeia e o Mercosul devido ao desrespeito à floresta amazônica.
De acordo com Borne, não há uma possibilidade em assinar um tratado com um país que não respeita o Acordo de Paris. “Não podemos assinar um tratado comercial com um país que não respeita a floresta Amazônica, que não respeita o tratado de Paris. A França não assinará o acordo do Mercosul nessas condições”, disse a ministra em entrevista à emissora de televisão BFM.
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