O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, disse que a economia do Brasil está em colapso. A declaração ocorreu nesta sexta-feira (19) no auditório da sede do BNDES, no Rio de Janeiro.
Segundo Montezano, o colapso econômico do País foi causado por políticas dos últimos governos que levaram ao crescimento exagerado do Estado. Dessa forma, a função do BNDES é “desfazer os estragos dos últimos anos”.
“O principal desafio da política econômica corrente é desfazer o estrago que foi feito antes”, afirmou o economista.
Montezano exemplificou a crise econômica ao afirmar que 30 milhões de pessoas estão desempregas no Brasil.
Função do BNDES
Durante o discurso, o presidente da instituição falou sobre algumas medidas que o banco deve tomar durante sua gestão. Conforme o presidente, o BNDES deverá assessorar o governo nas privatizações e na reestruturação financeira.
Para isso, Montezano afirmou que o banco deve ser eficiente. “O BNDES é tão importante para transformar o Brasil. O banco tem que estar operante, tem que estar eficiente, tem que fazer a sua parte”, afirmou.
Além disso, o economista afirmou que a instituição deve ser um banco de serviços e não deve competir com a iniciativa privada. “Vamos deixar o recurso do privado para onde não está sendo feito. Queremos prestar serviço para o Estado brasileiro usando nossa tecnologia”, disse.
O novo presidente reiterou que explicar a caixa-preta será uma de suas prioridades.
Dívida do BNDES com o Tesouro Nacional
Na última quinta-feira (18), o jornal “Estado de S. Paulo” divulgou que o BNDES já devolveu R$ 43,76 bilhões ao Tesouro Nacional em 2019.
A dívida da instituição com os cofres públicos estava estimada em aproximadamente R$ 270 bilhões, em outubro de 2018. Segundo o ex-presidente do banco, Dyogo Oliveira, o vencimento da dívida deve terminar em 2040.
Saiba mais: BNDES devolveu R$ 43,76 bilhões ao Tesouro Nacional neste ano
Montezano afirmou na última terça-feira (16) que a instituição já devolveu R$ 40 bilhões ao governo em 2019. Além disso, o presidente ressaltou que o banco ainda pagará R$ 86 bi ao Tesouro Nacional.
No entanto, a expectativa inicial era de que a instituição devolvesse R$ 26,6 bilhões em 2019. Assim, entre 2019 e 2022, o BNDES devolveria cerca de R$ 25 bi anuais.