Ícone do site Suno Notícias

Brasil e Argentina planejam responder as tarifas norte-americanas

Macri

Após a ameaça do presidente norte-americano de retomar as tarifas sobre aço e alumínio, a Argentina e o Brasil vão ensaiar uma ação coordenada de resposta aos Estados Unidos.

De acordo com o embaixador de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas do Itamaraty, Pedro Miguel da Costa e Silva, o Brasil e a Argentina devem aproveitar a cúpula do Mercosul para discutirem as taxas americanas.

A cúpula acontecerá nesta quarta-feira (4) e na próxima quinta-feira (5), no Rio Grande do Sul. Nesta quarta haverá uma reunião entre os diplomatas e negociadores econômicos dos dois governos.

“No meu nível de coordenação já trocamos algumas impressões, mas vamos ter sim uma reunião com os argentinos para tratar vários temas, inclusive esse”, informou Costa e Silva.

Confira Também: Seria ‘inapropriado’ Bolsonaro ligar neste momento para Trump, diz porta-voz

Este é 55° encontro presidencial do bloco e será o último com Maurício Macri como presidente da Argentina. No entanto, mesmo com o atual mandatário argentino prestes a sair do governo, os países vizinhos ensaiarão uma resposta aos EUA.

“Eu estou bem satisfeito, acho que vamos conseguir apresentar um resultado bastante interessante nos acordo”, completou o embaixador.

EUA retomará tarifas sobre aço de Brasil e Argentina

O presidente Donald Trump afirmou, na última segunda-feira (2) que irá retomar as tarifas sobre aço e alumínio provenientes do Brasil e da Argentina. Isso porque os dois países tem desvalorizados suas moedas, segundo o presidente norte-americano.

“A desvalorização não é boa para os nossos fazendeiros”, afirmou Trump, reforçando que o que vem acontecendo com as moedas dos dois países em relação ao dólar causa dificuldades para as exportações americanas.

“Fed (Federal Reserve) precisa agir para que países não tirem vantagem de nosso dólar forte para desvalorizar ainda mais suas moedas”, disse o presidente dos EUA, mais uma vez chamando a atenção do Banco Central norte-americano.

Em resposta, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou que poderia ligar para Trump. Entretanto, minutos depois o porta-voz da Presidência  informou que seria inapropriado uma ligação neste momento.

Sair da versão mobile