A capacidade de geração eólica do Brasil deve dobrar até 2026. Com isso, o País deve se tornar a oitava maior potência do setor. Os dados são de um estudo da consultoria A.T. Kearney, publicado pelo Valor Econômico.
Em 2026, a produção brasileira de energia eólica deve chegar a 25 GW. O País é favorecido por bons ventos, principalmente em sua costa. Sua média de fator de capacidade (proporção entre a produção efetiva da usina e a capacidade total máxima) é acima dos 50%, enquanto a média global está muito abaixo, nos 28%. O estudo ainda informa que a taxa brasileira deve subir a 63% em 2021.
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A Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia e responsável pelo planejamento energético do País, estima um aumento de 12 GW de fonte eólica até 2026.
Os leilões no setor foram retomados após um período sem contratação de novos projetos. As geradoras começaram a dar espaço para leilões privados e contratos no mercado livre, considerados tendência para manter a expansão da geração de energia eólica nos próximos anos.
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Energia solar
Atualmente, o Brasil se encontra na 12ª posição entre os países com maior número de painéis solares instalados. Mas o País tem potencial para ultrapassar países dessa lista como Itália, Holanda e Reino Unido, segundo o especialista no setor elétrico da A.T. Kearney no Brasil, Cláudio Gonçalves. Alemanha, Dinamarca, China, Estados Unidos, França e Espanha são outros que estão à frente do Brasil.
“Acredito que o Brasil vai subir no ranking. Trabalhamos com empresas otimistas em relação ao mercado de energia renovável”, declarou Gonçalves ao jornal. “Vemos o Brasil com muito potencial de penetração e condições meteorológicas favoráveis. Só vai depende da economia”.
O País é considerado promissor porque não alcançou a máxima de seu potencial ainda. Países europeus como Itália, Reino Unido e Espanha, por exemplo, já encontram seus mercados mais saturados. À Holanda, por sua vez, falta espaço para a construção de novas usinas eólicas. A solução foi apostar em parques “offshore”, ou seja, longe da costa, cuja construção é mais cara.