Bradespar (BRAP4): XP reduz preço-alvo em 12,6% e diz que prefere Vale (VALE3)

A XP Investimentos reduziu o preço-alvo para as ações da Bradespar (BRAP4) de R$ 37,5 para R$ 32,80 e manteve a recomendação de compra para a companhia, que é o braço de investimentos do Bradesco (BBDC3) e acionista da Vale (VALE3). Hoje, as ações da Bradespar sobem 1,05%.

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O preço-alvo mais baixo se deve à forte distribuição de caixa recente, que reduziu os níveis de caixa da holding, segundo relatório da XP. No entanto, os analistas destacaram que seguem otimistas com a Bradespar devido ao significativo potencial de valorização da Vale.

“Por fim, mantemos nosso desconto de holding justo de 20% e, portanto, preferimos Vale em vez de Bradespar”, afirmam.

Em 20 de dezembro, houve uma grande redução de caixa da Bradespar devido à entrega das ações da Vale aos acionistas. A redução de capital seguiu a proporção de 0,332373453 ação de emissão da Vale para cada ação de emissão da Bradespar. Também foram pagos dividendos no montante de R$ 6,04/ação.

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XP vê potencial positivo da Vale beneficiando Bradespar

Segundo a XP, a Vale deve registrar um fluxo de caixa livre sólido e fortes dividendos nos próximos anos, mesmo considerando preços mais conservadores do minério de ferro e riscos da economia chinesa.

Em termos de valuation, a XP vê a Vale sendo negociada a 3,3x EV (valor da empresa)/EBITDA 2022 e isso se compara aos pares australianos de 4,3x.

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Sobre os riscos, os analistas avaliam que a recuperação da demanda da China traz incertezas para Vale. “Mesmo que a crise energética na China tenha começado a diminuir e as restrições à produção de aço também estejam sendo reduzidas gradualmente, a demanda poderá não se recuperar completamente conforme os projetos de construção chegam à conclusão e o pipeline de novos projetos diminui.”

O governo chinês vem tentando equilibrar a contenção das especulações excessivas no setor imobiliário sem gerar desaceleração demasiada do PIB, mas poderá fracassar, resultando em um pouso forçado.

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Outros riscos relevantes são:

  •  novo acidente em uma das barragens da Vale (atualmente existem 3 barragens sinalizadas como “Nível de Emergência 3”)
  • aumento da taxa de royalties cobrada no Brasil.
  • Em relação à Bradespar, o principal risco é a Ação Indenizatória movida contra ela pela Litel Participações, que cobra da empresa o montante de R$ 1,41 bilhão, que equivale a uma perda potencial de R$ 3,56 por ação.

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Natalia Gómez

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