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Bradesco: atraso na Previdência deixa investimento estrangeiro para 2020

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Bradesco prevê que investimento estrangeiro só chegue no Brasil em 2020, com atraso da Previdência. (divulgação)

De acordo com o vice-presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, o atraso na tramitação da reforma da Previdência pode manter o investimento estrangeiro fora do Brasil até 2020. A informação é da “Folha de S. Paulo”.

Na visão do VP do Bradesco, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência deve ser aprovada pelo Senado Federal apenas no fim de 2019.

“Se estivéssemos aprovando esta reforma no meio do ano, teríamos um segundo semestre muito melhor do que vamos ter. O nosso economista aponta um crescimento de 0,7% no segundo semestre, ou seja, uma economia de lado”, afirmou Noronha.

Atualmente, o texto tramita na comissão especial da Câmara dos Deputados. A votação, que estava agendada para esta quarta-feira (26), foi adiada, possivelmente para a próxima terça-feira [2]. Conforme o plano do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o texto deve ser aprovado no plenário da Casa em julho.

“Se fizermos a reforma e atingirmos os patamares passados, podemos voltar a ter 16% do total de recursos de investidores institucionais alocados em emergentes. Se formos a 15% desse patamar, chegamos a R$ 100 bilhões de aportes estrangeiros em Bolsa“, declarou o VP do Bradesco.

Saiba mais – Entenda porquê a votação da Previdência pode ficar para terça-feira

“O Brasil tem um diferencial quanto aos outros emergentes. A Turquia está com problemas, o México tem um presidente que não é pró mercado e não atrai capitais, a Argentina está à espera de eleições e a Rússia tem as questões geopolíticas. Então o Brasil deveria estar drenando estes recursos”, completou.

Outro ponto destacado pelo executivo foi a diversidade de investimentos que podem ser feitos no Brasil, que incluem “varejo, no sistema financeiro, em energia elétrica, em infraestrutura, que está cheia de projetos saindo da gaveta, em óleo e gás”.

Economia com a reforma da Previdência, segundo VP do Bradesco

Noronha defende que o tamanho da economia prevista com a aprovação da reforma da Previdência é importante. Mas, apesar de sofrer uma desidratação, se o texto salvar recursos próximos de R$ 600 bilhões não seria o “fim do mundo”.

“Inicialmente, não podemos dizer que uma economia de R$ 600 bilhões é ruim, não é o fim do mundo. De R$ 800 bilhões para cima é bem aceitável. No mundo ideal, seria de R$ 1 trilhão, mas é difícil”, afirmou o VP do Bradesco.

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