Bradesco estuda ingressar em setor de comercialização de energia elétrica
O Bradesco está estudando a possibilidade de ingressar no mercado de comercialização de energia elétrica. A instituição financeira é a única, das maiores do seu setor de atuação, que não está neste mercado ainda. As informações foram veiculadas pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
Há cerca de um mês, a área de atacado do Itaú Unibanco produziu uma unidade de comercialização de energia elétrica. A mesma medida já tinha sido realizada pelo BTG Pactual e pelo Santander Brasil. Vale destacar que o BTG é um dos principais comercializadores do setor no Brasil atualmente.
A área de comercialização de energia tem gerado interesse do mercado financeiro por conta do crescimento do setor e a estimativa de ampliação das regras do mercado livre.
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De acordo com informações do jornal, há rumores de que o Bradesco chegou a especular a compra do Grupo Comerc, que é uma das maiores comercializadoras independentes de energia elétrica. Entretanto, a Comerc comunicou que “não foi procurada pelo banco para desenvolver ou então formar uma sociedade”.
Itaú e Indusval entram no setor de comercialização de energia
O Itaú Unibanco (ITUB4) e o Banco Indusval (IDVL4) anunciaram, no dia 13 de janeiro, que estavam ingressando no setor de comercialização de energia elétrica.
O Itaú comunicou ainda que pode futuramente vender energia para seus clientes pessoa física por meio de um aplicativo. No entanto, a instituição financeira depende ainda da autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Banco Central (BC).
O Indusval recebeu aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição de uma comercializadora veículo (não operacional) do Grupo Matrix, pertencente a DXT Commodities. A compra da empresa de comercialização de energia foi aprovada sem restrições pelo órgão regulador.
Outro bancos já atuam neste setor, como o BTG, que adquiriu a Coomex em 2010. A subsidiária brasileira do banco espanhol ingressou no setor em 2018 após a abertura de uma unidade de comercialização.
A decisão das instituições financeiras ocorreu em meio ao otimismo do setor de energia elétrica. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o número de comercializadoras de energia no País cresceu 19% entre janeiro e outubro, chegando a 324 empresas. Por isso, bancos como o Bradesco, que é um dos maiores do Brasil, estão interessados neste segmento.