O presidente do Bradesco (BBDC4), Octavio de Lazari Junior, afirmou que o banco planeja manter funcionários em regime de home office, em média, uma semana por mês. As informações foram publicadas nesta sexta-feira (31) pela agência “Reuters”.
O executivo informou, em entrevista, que os planos do Bradesco de manutenção do trabalho remoto para os seus quase 97 mil empregados têm como objetivo economizar no aluguel e vender determinados imóveis.
Apesar disso, “o trabalho remoto em período integral não é produtivo, pois as pessoas precisam trocar ideias e entender a cultura do banco”, destacou o presidente da instituição financeira. Lazari destacou que é necessário encontrar o equilíbrio entre trabalhar em casa e no escritório.
“Também tivemos que levar em conta que os brasileiros têm realidades diferentes. Nem todo mundo consegue cumprir uma jornada de trabalho integral em casa, às vezes mora com mais quatro ou cinco pessoas”, acrescentou o executivo.
Dessa forma, o banco espera que a nova rotatividade dos trabalhadores irá permitir ao Bradesco movimentar entre R$ 600 milhões a R$ 800 milhões com a venda de ativos imobiliários e gerar uma economia anual de R$ 100 milhões em aluguel.
Além disso, o tempo que cada trabalhador passa na sede irá depender de sua função na empresa. Os atendentes de telemarketing, por exemplo, devem permanecer mais de uma semana por mês em home office. Ao mesmo tempo, funcionários da área de TI que estejam trabalhando em um grande projeto poderão passar mais tempo no escritório.
Home office integra planos de corte de custos
O presidente do Bradesco comunicou que a manutenção do trabalho remoto integra planos mais amplos de reduzir custos entre 5% e 7% a partir do próximo ano.
Com isso, a instituição financeira planeja diminuir o número de segurança nas agências e economizar com transporte e dinheiro em carro-forte, entre outras.
O banco também renovará quase 700 de suas mais de 4.100 agências bancárias ainda neste ano. A companhia espera focar mais na geração de negócios , como venda de produtos e serviços, e não em transações como pagamentos de contas e transferências de dinheiro. Para o presidente do Bradesco, a reforma irá diminuir os custos por agências, em vista da menor exigência por espaço, seguranças e carros blindados para transportar papel-moeda.
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