O Safra divulgou nesta quinta-feira (22) a prévia da temporada de resultados do primeiro trimestre de 2021, com a equipe de research da instituição esperando uma “uma boa recuperação para os bancos brasileiros”, em especial para o Bradesco (BBDC4).
Os analistas do Safra projetam que a companhia atinja o maior crescimento anual de lucros entre os grandes bancos, 71%, com lucro líquido de R$ 6,4 bilhões. A previsão para o Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio (ROAE) do Bradesco é de 17,2%.
De acordo com relatório divulgado mais cedo, os resultados do banco devem ser impulsionados pela:
- combinação mencionada de menor provisão para créditos de liquidação duvidosa;
- forte redução em despesas operacionais;
- desempenho decente da margem financeira.
A ação preferencial da empresa é Top Pick, com preço-alvo de R$ 36,00. “Embora Bradesco e Itaú Unibanco (ITUB4) tenham vantagens semelhantes, tendemos a preferir o Bradesco devido à sua melhor dinâmica de lucros via-à-vis o Itaú.”
Apesar de terem escolhido o vizinho ao lado, os analistas enxergam uma boa recuperação dos resultados para o primeiro trimestre de 2021 em âmbito geral.
“Mantemos uma visão positiva sobre o Itaú Unibanco (ITUB4, preço-alvo de R$ 38,00) e o Santander Brasil (SANB11, preço-alvo de R$ 53,00), ambos também com rating de compra, considerando que ambas as ações estão fazendo interessantes movimentos de spin-off.”
Não só de Bradesco vive o Safra; BB é Top Pick
Além do Bradesco, o Safra escolheu o Banco do Brasil (BBAS3) como a outra Top Pick no setor, por ainda carregar “potencial de valorização significativo”. A estatal tem preço-alvo de R$50,00.
A equipe de análise espera uma normalização das provisões e redução das despesas operacionais do banco, as quais devem criar o degrau para o BB reportou subir.
Mesmo assim, um leve aumento da margem financeira, riscos legais e maiores provisões para impostos podem ser impeditivos, disseram.
Resultados fortes também aguardam B3 e BTG
Saindo um pouco do setor bancário mais tradicional, o Safra projeta que B3 (B3SA3) e BTG Pactual (BPAC11), ambos mais expostos ao mercado de capitais, também devem apresentar “números bastante elevados”.
Os analistas elevaram a recomendação do banco de investimentos para Compra, com preço-alvo de R$ 111 por unit, para incorporar resultados do quarto trimestre de 2020 e o follow-on em janeiro.
“O BTG continua com um caso de investimento muito atraente, baseado no vento favorável do crescente mercado de capitais brasileiro, mas também uma boa execução em empréstimos corporativos e plataforma de investimento”, ressaltou o Safra.
Já a B3 deve ser o destaque fora do segmento de Bradesco e companhia. A expectativa é de que a Bolsa de Valores de São Paulo continue a se beneficiar do boom no mercado de capitais brasileiro, com um “crescimento de dois dígitos (15% a/a). ”