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Bradesco (BBDC4): Itaú BBA corta preço-alvo e previsão de receita após balanço com margens pressionadas

Bradesco (BBDC4) - Foto: iStock

Bradesco (BBDC4) - Foto: iStock

O Itaú BBA cortou as estimativas para o resultado do Bradesco (BBDC4) em 2024, após a divulgação dos números do primeiro trimestre deste ano (1T24).

No balanço, o banco Bradesco evidenciou uma queda de 1,6% no lucro líquido recorrente do primeiro tri, na comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 4,211 bilhões – valor ainda 46,3% maior do que o registrado no 4T23.

Segundo os analistas CNPI do Itaú BBA Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, o resultado requer uma visão cautelosa

“O pior das provisões de crédito pode ter ficado para trás, mas acreditamos que o NII (da sigla em inglês, receita líquida de juros) levará mais tempo para se recuperar”, comentam os especialistas.

Além disso, o Itaú BBA também pontua que em sua análise dos spreads históricos para geração de crédito no varejo, os dados atuais apontam pressões persistentes sobre o NIM (da sigla em inglês, margem líquida de juros).

Considerando que parte relevante da receita do BBDC4 provêm de um spread bancário vantajoso, ou seja, a diferença entre o preço emprestado e o valor retornado com juros, será preciso tempo e investimentos para recuperar uma parcela do lucro.

Resiliente, os analistas do Itaú BBA mantém a visão de market perform (“manter”) para as ações do Bradesco (BBDC4), com preço-alvo de R$ 15,50 (antes R$ 16,00) para 2024 e potencial de valorização de 16% no ano.

Bradesco deve apresentar melhoras a partir de 2025

“As economias operacionais não serão evidentes até o próximo ano, momento em que a recuperação da receita deve ser mais proeminente”, reforçam os analistas do BBA.

Atualizando as estimativas de lucro para 2024 e 2025, os analistas enxergam um lucro do Bradesco de R$ 17,3 bilhões e R$ 23,2 bilhões, respectivamente com um ROE de 11% e 14%.

No varejo, o banco refletiu as dificuldades enfrentadas do setor, com spread bancário reduzido em relação ao histórico de curto e longo prazo, para empréstimos pessoais, consignados e veículos.

Além disso, a carteira de crédito imobiliário já está além do que as contas de poupança podem proporcionar como financiamento “barato”, o que implica spreads mais baixos. Este produto é vendido como seguro, onde o Bradesco se destaca.

BBDC4 conquista espaço no mercado MEI

Quanto a marketshare, o BBA avalia que o Bradesco está lutando contra as perdas de participação de mercado nos segmentos de crédito mais lucrativos do Brasil, conquistando mais espaço nas vertentes de empréstimos pessoais e PME.

“O ciclo de inadimplência em melhora está a seu favor. O Bradesco possui uma franquia forte, balanço patrimonial e está tomando medidas para melhorar os ganhos”, avalia o relatório.

Em relação aos concorrentes, é notada uma exposição melhor na relação risco/recompensa em comparação a outros bancos pares do Bradesco, como o Banco do Brasil (BBAS3) e o Nubank (ROXO34).

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