O Goldman Sachs elevou a recomendação para as ações do Bradesco (BBDC4) de “neutra” para “compra”, com preço-alvo de R$ 17,50.
A mudança na recomendação ocorre após o banco ter apresentado resultados melhores do que o esperado no segundo trimestre, sendo que o novo preço-alvo do Bradesco, segundo a casa, representa potencial de alta de 16%.
O Goldman Sachs também elevou suas estimativas de lucro líquido para o banco. Para 2024, a projeção subiu 9%, para R$ 19,5 bilhões; para 2025, a elevação foi de 7%, para R$ 25,5 bilhões; e para 2026, a casa estima lucro líquido de R$ 29,5 bilhões, revisão altista de 4% frente a última projeção.
O Goldman Sachs aponta que o BBDC4 está no “caminho certo” para entregar um ROE (retorno sobre o capital) alinhado ao seu custo de capital nos próximos trimestres, tendo em vista a aceleração do crescimento dos empréstimos, a expansão da margem financeira líquida e a melhoria na qualidade dos ativos.
“O crescimento dos empréstimos pode se beneficiar de um foco renovado em empréstimos para Pequena e média empresas (PMEs), onde ainda há espaço para ganhar participação de mercado após mostrar uma melhoria significativa trimestralmente”, dizem os analistas.
Segundo a casa, isso pode levar a uma aceleração nas receitas e uma melhoria na eficiência, ainda que em patamar menos elevado frente aos pares brasileiros.
No último mês, as ações do Bradesco subiram 17%. Mesmo assim, o Goldman Sachs afirma que os papéis têm um desempenho abaixo dos pares bancários brasileiros no acumulado deste ano e estão negociando abaixo do valor patrimonial.
Vale lembrar que o Bradesco vem chamando a atenção do mercado desde que divulgou o seu balanço, no início de agosto. Naquela oportunidade, houve uma queda generalizada nas bolsas globais, mas o papel do banco avançou 7,59%.
Dentre outros fatores, o otimismo com o balanço do Bradesco se deu pelo lucro acima do esperado, as provisões abaixo do projetado e a melhora no ROE.