O Bradesco (BBDC4) acabou de nomear um novo encarregado para o cargo de Diretor, na função de Relações com Investidores: André Costa Carvalho.
Com isso, Carvalho ocupa no RI do Bradesco o cargo que era de Carlos Wagner Firetti.
Conforme o comunicado ao mercado do banco, Firetti foi “designado para outras funções na instituição”.
Vale destacar que nos últimos meses o banco tem passado por uma reestruturação interna, que veio logo após a troca de CEO, com Octavio de Lazari deixando a cadeira e dando o lugar para Marcelo Noronha.
Uma série de executivos e diretores trocaram seu cargo.
As mudanças ocorrem em meio a um ambiente relativamente mais hostil para o Bradesco em relação aos seus pares, dado que o banco amargou perdas relevantes na bolsa após reportar resultados trimestrais drasticamente piores do que o esperado nas últimas temporadas de balanços.
Em suma, o banco vinha sofrendo mais com a inadimplência do que seus pares, especialmente considerando que se trata de um player mais exposto a pessoas físicas e pequenas e médias empresas (PMEs).
Fruto disso, o Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) do Bradesco é o menor dentre os bancos incumbentes.
‘O pior já passou’, diz Genial, que recomenda compra das ações do Bradesco
Com o banco em meio a uma reestruturação, analistas da Genial recomendam compra para as ações do banco, mirando R$ 3,85 bilhões de lucro para o primeiro trimestre de 2024.
O preço-alvo da casa para as ações do Bradesco é de R$ 17, ao passo que os papéis BBDC4 negociam pouco abaixo de R$ 14 em bolsa atualmente.
“Após um resultado bem abaixo do esperado no 4T23, que resultou em uma rentabilidade (ROE) de apenas 7% para o Bradesco, esperamos uma melhora no 1T24. Será impulsionada principalmente pela redução das provisões para devedores duvidosos”, diz a casa.
“Para o 1T24, projetamos um lucro de R$ 3,85 bi, expansão de +34% t/t, porém com uma queda significativa de -10% a/a. A rentabilidade deve continuar em patamares fracos, em torno de 9,5% (+2,4pp t/t e -1,5pp a/a) nesse começo de ano”, completa.
Apesar disso, a Genial aponta que a evolução sequencial ante o trimestre anterior é esperada, já que o 4T23 foi impactado por algumas despesas adicionais para reforço do balanço.
“O Bradesco provisionou R$ 2,5 bilhões na carteira de atacado no 4T23 que foram contabilizados como recorrente. Além disso, o banco provisionou antecipadamente R$ 1 bilhão em despesas de reestruturação e R$ 1 bilhão em despesas cíveis, ambos tratados como não recorrentes”, explica a casa.