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Digio terá autonomia e ‘cardápio’ ampliado, diz diretor do Bradesco (BBDC4)

Bradesco (BBDC4). Foto: Reprodução

Bradesco - Foto: Reprodução

Na sexta (8) à noite, o Bradesco (BBDC4) anunciou a aquisição da fatia remanescente do Banco do Brasil (BBAS3) no digital Digio por R$ 625 milhões. “O plano neste momento não é nem juntar com Next, nem com o banco, é manter o Digio independente”, disse o diretor vice-presidente do Bradesco, Marcelo de Araújo Noronha, responsável pelas empresas investidas do banco. O executivo deu mais detalhes e falou sobre os planos para a operação.

Assim que tiver a aprovação das autoridades para assumir integralmente o capital do banco Digio, o Bradesco vai ampliar o cardápio, oferecer aos clientes do banco digital crédito imobiliário, entre outros produtos. Mas a estrutura do Digio permanecerá intacta.

Unir essas estruturas, segundo Noronha, cortaria o embalo do negócio, o que teria um custo elevado neste momento de competição super acirrada, em meio à implementação do open banking.

“Tem o desafio de integrar a equipe, os sistemas… Isso dá literalmente um freio de arrumação, perde-se um ano em um processo desses e não faz sentido perder tempo”, afirmou Noronha.

“É o contrário, vamos pisar no acelerador com o Digio, que tem um bom posicionamento com a marca. Vamos mantê-lo como unidade separada. A gente sempre acreditou nesse projeto.”

Pelo contrato, o Bradesco passa a deter, indiretamente, 100% do capital social da empresa, em transação realizada entre a Bradescard Elo e a BB Elo.

Bradesco: meta para o Digio está sendo desenhada

O pai desse projeto, Carlos Giovane Neves, será mantido no comando da operação, bem como todos os funcionários do Digio. O banco digital tem cerca de dois milhões de cartões de crédito em circulação, seu carro chefe.

Cerca de metade desses clientes, segundo Noronha, têm também conta digital. Entre eles, estão motoristas do Uber (U1BE34), graças a acordo firmado no início do ano com o aplicativo para oferecer conta digital onde o pagamento pelas corridas é feito de maneira direta.

Sem o sócio, o Bradesco pretende fazer o Digio expandir sua base de clientes rapidamente, já em 2022. A meta, segundo Noronha, ainda será traçada no plano estratégico que está sendo desenhado. Além dos cartões, banco digital também já possui uma carteira de crédito de R$ 2,5 bilhões. No primeiro semestre, registrou lucro líquido de R$ 36,7 milhões.

O Bradesco anunciou na noite de sexta-feira que fechou contrato para a compra dos 49,99% da instituição que pertenciam ao Banco do Brasil. O BB informou que o impacto estimado no resultado do BB é de aproximadamente R$ 175 milhões, via equivalência patrimonial, e não há efeito material no capital.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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