Inadimplência voltará a crescer em 2021, aponta Bradesco (BBDC4)
O vice-presidente executivo do Bradesco (BBDC4), Eurico Fabri, declarou nesta quarta-feira (18) que a inadimplência no sistema financeiro deve voltar a crescer no ano que vem, visto que o indicador está, hoje, em mínimas históricas, após as medidas de flexibilização adotadas pelos bancos para apoiar clientes na pandemia.
“É natural que [a inadimplência] tenha um crescimento ao longo de 2021, mas o cenário hoje é muito melhor do que imaginamos em março, abril. Vai crescer, mas em patamares administráveis”, afirmou o executivo do Bradesco, no segundo dia do 10º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), segundo informações divulgadas pelo jornal “Valor Econômico”.
Fabri informou que o Bradesco possui uma carteira renegociada de R$ 73,5 bilhões, e o sistema financeiro de maneira agregada tem cerca de R$ 300 bilhões, um volume pequeno da carteira total. No que tange ao banco, a maior parte da carência oferecida já chegou ao fim e os clientes voltaram a pagar em dia.
Visão do Bradesco para crédito é positiva
O executivo pontuou que a visão do Bradesco para o crédito de maneira geral é positiva. “A nossa perspectiva, ressalvadas as questões de risco, para o curto e médio prazos é positiva, de [o crédito] continuar crescendo em patamares superiores que a gente cresceu em anos anteriores.”
Fabri informou que, na contramão de outras crises, não foi registrado um aumento nas recuperações judiciais e que, com a evolução tecnológica, os modelos de crédito das instituições financeiras tiveram um avanço significativo.
O vice-presidente do Bradesco explicou que os estímulos adotados foram essenciais para atenuar o quadro pessimista do início da pandemia. “A política econômica expansionista injetou quase R$ 600 bilhões só de liberação de compulsório, programas de preservação de empregos e redução de IOF sobre crédito”, destacou.
Última cotação
Às 16h38 desta segunda-feira, a ação do Bradesco, negociada na B3 sob o ticker BBDC4, operava em alta de 1,46% a R$ 25,03.