Bradesco (BBDC4): XP vê balanço neutro e crescimento moderado em 2025
De acordo com a XP, o Bradesco (BBDC4) teve resultados neutros no 4T24, com lucro líquido recorrente de R$ 5,4 bilhões, 3% acima da expectativa da casa. O banco demonstrou avanços na recuperação da rentabilidade, atingindo um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 12,7%, enquanto segue com cautela em meio a um cenário macroeconômico desafiador.
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Segundo os analistas, o ano de 2024 foi marcado por uma recuperação gradual de trajetória de rentabilidade do Bradesco, impulsionada pelo crescimento da carteira de crédito, receitas resilientes e melhora na qualidade de crédito.
Por outro lado, diz a XP, o o banco ficou abaixo do guidance em algumas áreas, como o crescimento do NII total (-2,3% A/A), prejudicado pela lentidão na recuperação dos spreads.
Já o guidance do Bradesco para 2025 é moderado, segundo o relatório, em linha com o cenário macroeconômico desafiador:
- Crescimento da Carteira de Crédito: Projeção de aumento entre 4% e 8%, com expectativa de continuidade no ritmo de concessões seletivas.
- NII Líquido de Provisões: Estimado entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões, representando um crescimento de cerca de 14,6% no ponto médio.
- Receitas de Tarifas e Comissões: Previsão de alta entre 4% e 8%, impulsionada pelo crescimento em cartões e operações de crédito.
- Despesas Operacionais: O banco espera um aumento entre 5% e 9%, atribuído ao fortalecimento de áreas estratégicas, como tecnologia e inovação.
Um ponto chave para 2025, de acordo com a XP, será a evolução do NII ajustado ao risco, visto como essencial para a sustentabilidade da reestruturação em andamento.
No entanto, a casa alerta que o cenário macroeconômico pode dificultar a recuperação dos spreads, exigindo que o BBDC4 acelere iniciativas para manter o crescimento do ROE.
Assim, apesar do progresso observado em 2024, a XP reiterou sua recomendação neutra para as ações do Bradesco, destacando o ritmo lento de recuperação e os desafios impostos pelo ambiente macroeconômico.
Os analistas concluem dizendo que, embora o Bradesco tenha avançado em sua reestruturação, o crescimento acima do custo de capital em 2025 será difícil de alcançar sem melhorias significativas nos spreads e na eficiência operacional.