A BR Rating, primeira agência brasileira de rating de governança corporativa, pretende lançar formas de avaliação de empresas para os critérios ESG (questões ambientas, sociais e de governança, em inglês).
De acordo com a revista “Exame”, a BR Rating busca surfar a nova onda de sustentabilidade que vem atingindo os mercados de capitais no mundo todo.
“O foco está em atender as expectativas dos acionistas, em um contexto em que a pressão por padrões ESG aumenta entre grandes investidores. A própria BlackRock [maior gestora do mundo, com 7 trilhões de dólares sob gestão] já disse que o ESG veio para ficar, e companhias e investidores terão que se adaptar”, disse um dos sócio da BR Rating, Olavo Rodrigues, à revista.
De acordo com Rodrigues, a possibilidade de novas regulações, como padronização de relatório de sustentabilidade pelo IFRS e revisão do formulário de referência para inclusão de dados socioambientais, pesaram na decisão de lançar o produto, segundo informou a “Exame”.
Para além da BR Rating, CVM propõe mudanças para ESG
A onda do ESG também vem afetando o mercado de capitais brasileiro. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou em audiência pública na segunda-feira (7) uma proposta de reforma da Instrução CVM 480. Os objetivos são a redução de custo de observância regulatória e a inclusão de informações ESG.
A CVM tem como finalidade aprimorar a prestação de informações ligadas a questões ambientas, sociais e de governança, conhecida pelo mercado pela sigla ESG. As mudanças propostas para as questões ambientais serão feitas de modo a atender à crescente demanda de investidores pelo tema que também interessa a BR Rating.