BR Properties (BRPR3) aprova redução de capital e grupamento de ações
A BR Properties (BRPR3) anunciou na noite desta terça-feira (24) a redução do capital social no montante total de R$ 2,511 bilhões. Além disso, segundo comunicado enviado ao mercado, foi aprovado em Assembleia Geral Extraordinária o grupamento da totalidade das ações de emissão da empresa na proporção de 40 ações para 1 ação.
Assim que a redução for efetivada, o capital social da BR Properties passará de R$ 3.244.144.124,79 para R$ 733.334.268,59. A redução de capital será emprendida somente após o prazo para oposição de credores, de 60 dias após a AGE.
Segundo a empresa, o valor da redução de capital da BRPR3 foi chancelado mediante restituição aos acionistas de uma parcela em dinheiro no valor total de R$ 1,276 bilhão. Haverá ainda uma parcela em cotas do BRPR Corporate Offices Fundo de Investimento Imobiliário no valor total de R$ 1,235 bilhão.
“A AGE foi instalada com a presença de acionistas titulares de aproximadamente 87,7% do capital votante da BR Properties e a redução de capital foi aprovada com a anuência de aproximadamente 97% dos votos”, destaca o fato relevante.
A BR Properties ainda pontua que com o grupamento de ações aprovado hoje, junto ao cancelamento de 9.727.208 de ações aprovado em tesouraria, o capital social deixará de ser divido em 464.432.489 ações ordinárias, e passará a ter 11.610.812 ações ordinárias.
BR Properties quita dívida de R$ 1,17 bi
No ano passado, a BR Properties divulgou que recebeu metade do valor previsto no acordo da venda de 80% de seu portfólio imobiliário para o fundo canadense Brookfield.
A companhia informou, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sobre o montante de R$ 2,92 bilhões, referente à parcela inicial de seis dos 12 imóveis comprados pelo fundo. Um desses imóveis é a Torre B do JK Iguatemi, o mais famoso item do portfólio adquirido pelo fundo canadense.
Além disso, a BR Properties esclareceu que, com o dinheiro, já utilizou R$ 1,17 bilhão para quitar totalmente o saldo devedor de três emissões de debêntures e de cédulas de crédito imobiliário (CCIs), lastreadas no bloco B do JK Iguatemi.
Antes da operação, a empresa possuía aproximadamente R$ 2,15 bilhões em endividamento líquido e R$ 860 milhões em caixa. Com a aquisição feita pela Brookfield, a BR Properties ainda tem quase R$ 3 bilhões a receber.
A venda dos ativos chegou a quase R$ 6 bilhões, sendo equivalente a 80% do portfólio da BR Properties.
