BR Properties (BRPR3) pagará R$ 41,3 milhões em dividendos; confira valor por ação
A BR Properties (BRPR3) aprovou nesta terça-feira (26) o pagamento de R$ 41,3 milhões em dividendos aos seus acionistas em Assembleia Geral Ordinária (AGO).
O valor dos proventos por ação será de R$ 0,0891, considerando o total de 464.243.333 ações emitidas pela companhia.
A BR Properties informou no fato relevante que os dividendos serão pagos em três datas distintas, realizado da seguinte forma:
- R$ 13.788.185,18, o que corresponde a R$ 0,0297003407478121 por ação, em 30 de junho de 2022;
- R$ 13.788.185,16, equivalentes a R$ 0,0297003407047312 por ação, em 30 de setembro de 2022; e
- R$ 13.788.185,16, proporcionais a R$ 0,0297003407047312 por ação, em 20 de dezembro de 2022.
Apenas os investidores com ações da BR Properties hoje, 26 de abril, terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 27 de abril, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2021.
Dividendos da BR Properties
- Valor total: R$ 41.364.555,00
- Valor por ação: R$ 0,0891010210802532
- Data de corte: 26 de abril
- Data do pagamento: até 20 de dezembro de 2022
- Rendimento (dividend yield): 1,81%
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BR Properties (BRPR3) reverteu lucro e apurou prejuízo de R$ 47,4 mi no 4T21
A BR Properties (BRPR3) registrou um prejuízo líquido de R$ 47,4 milhões no quarto trimestre de 2021, enquanto no mesmo intervalo de 2020 teve lucro de R$ 155,685 milhões. No acumulado de 2021 a empresa obteve lucro de R$ 32 milhões, mas que representa redução de 84% perante o ano anterior.
Boa parte do impacto negativo do balanço do 4t21 da BR Properties veio da queda de R$ 66,5 milhões no valor do seu portfólio imobiliário, conforme avaliação da consultoria CBRE. O efeito é contábil, sem mexer com o caixa.
Segundo a BR Properties, essa desvalorização no resultado do 4T21 vem na esteira da piora da economia brasileira, com inflação e juros em alta, gastos públicos crescentes, incertezas diante das eleições e continuidade da pandemia.
A empresa também pondera que a queda de R$ 66,5 milhões corresponde a apenas 1% do valor total do portfólio da BR Properties, avaliado em R$ 9 bilhões. O portfólio abrange 32 imóveis comerciais, entre prédios de escritórios, galpões logísticos e terrenos.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 53,791 milhões, baixa de 15% na mesma base de comparação. A margem Ebitda caiu 10 pontos porcentuais, para 66%.
A receita líquida da BR Properties totalizou R$ 81,869 milhões, recuo de 2%.
As despesas gerais e administrativas ajustadas também diminuíram 2%, para R$ 14,327 milhões.
O prejuízo também foi influenciado pelo resultado financeiro líquido, que gerou uma despesa de R$ 44,632 milhões, crescimento de 215% na comparação anual. Esse resultado é majoritariamente explicado pelo aumento dos juros no Brasil. Com isso, o custo médio da dívida da empresa foi de 3,8% para 11,7%.
A dívida líquida da BR Properties atingiu R$ 2,045 bilhões no quarto trimestre, alta de 6% ante o terceiro trimestre. O dinheiro em caixa caiu 15%, para R$ 949,4 milhões. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) subiu de 8,1 vezes para 9,0 vezes. A empresa tem R$ 401 milhões de amortizações em 2022.
Cotação
No pregão de hoje, a cotação das ações da BR Properties subiu 1,46%, cotada a R$ 9,06. No ano, o papel acumula alta de 27,97%.