O banco de investimento BR Partners decidiu, nesta quarta-feira (23), cancelar sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A instituição, porém, deve retomar a operação quando julgar as condições do mercado mais favoráveis. As informações são do jornal “Valor Econômico”.
Ainda segundo o jornal, pelo menos outras seis empresas que estão na lista para realizarem a abertura de capital estariam cogitando uma mudança nos seus planos. De acordo com uma fonte próxima ao assunto, “o mercado está muito seletivo e a volatilidade alta contribui para isso”.
A abertura de capital da BR Partners estava prevista para acontecer na próxima sexta-feira (25). A empresa estimava levantar cerca de R$ 590,7 milhões, considerando o meio da faixa indicativa, que variava de R$ 15,97 (base) e R$ 18,96 (teto). O banco faria uma oferta base de 34.607.779 units. Os papéis da instituição seriam negociados sob o ticker “BRBI11“.
A BR Partners informou em seu prospecto, protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que a oferta poderia ser acrescida pelo lote adicional, que compreende 20% da oferta base, e pelo lote suplementar, que equivale a 15% da oferta inicial. Com isso, a oferta poderia ter 46,7 milhões de units e chegaria até a R$ 885,8 milhões.
Os bancos escolhidos para serem coordenadores da abertura de capital da BR Partners eram:
- BTG Pactual (BPAC11);
- Bank of America-Merrill Lynch;
- Credit Suisse;
- Itaú BBA.
A ideia da BR Partners com a oferta era expandir seus negócios, principalmente nas áreas de Crédito Estruturado e Mercado de Capitais e Sales & Trading, que atualmente correspondem a uma parte considerada pequena nas receitas da instituição. Vale destacar também que a oferta seria totalmente primária. Dessa forma, todos os recursos levantados na operação iriam para o caixa da empresa, uma vez que os atuais acionistas não venderiam suas participações.