O presidente da BR Malls (BRML3), Ruy Kameyama, afirmou, nesta sexta-feira (13), que os efeitos do coronavírus para o segmento de atuação de sua empresa (shoppings) só será claro nos próximos dias. “Janeiro e fevereiro foram meses normais, com fevereiro até surpreendendo positivamente a empresa, e março estava sendo um bom mês”, disse Kameyama.
Kameyama também assegurou que é difícil fazer uma prévia do que pode acontecer com o setor. “Depende de como se comporta essa expansão do vírus nas principais capitais. Montamos um plano em diversas frentes para deixar o cliente e os funcionários seguros tanto na empresa quanto nos nossos empreendimentos”, afirmou.
Um dos pontos levantados pelo presidente da empresa de participações em shoppings é de que o governo ainda não anunciou medidas claras em relação a circulação das pessoas, o que interfere fortemente nas receitas dos shoppings.
“Vamos ter que ver [como o tráfego reage] nas próximas semanas e aguardar a orientação do governo sobre circulação. Não está claro ainda como isso será. De qualquer forma, a empresa se preparou se reestruturando nos últimos três anos, se desfez de ativos não estratégicos, comprou outros, reduziu endividamento, aumentou sua liquidez. Estamos preparados para passar por esse desafio, como já passamos por tantos outros momentos de incerteza”, acrescentou.
Resultado da BR Malls no 4T19
A BR Malls apresentou lucro líquido de R$ 407,6 milhões entre outubro e dezembro de 2019, uma queda de 44% em comparação ao lucro líquido registrado no mesmo período de 2018, de R$ 727,7 milhões.
A receita líquida da BR Malls totalizou R$ 349,9 milhões no quarto trimestre do ano passado. Assim, houve uma queda de 0,5% em relação aos R$ 351,6 milhões apresentados no mesmo intervalo do ano anterior.
O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 725,7 milhões no último trimestre de 2019, queda de 32,2% em relação ao R$ 1,07 bilhão apresentado no mesmo intervalo de 2018. A margem Ebitda avançou 9,6%, para 76,4%.