A BR Malls (BRML3) não deve fazer negociações coletivas com os varejistas em relação ao aluguel ou condomínio, apesar das atuais interrupções temporárias das operações de shoppings, de acordo informou a direção da companhia nesta sexta-feira (12).
Vale lembrar que em abril do ano passado, a BR Malls havia dado isenção completa de aluguel, pois na época os shoppings haviam sido fechados devido à pandemia de coronavírus (Covid-19).
No entanto a administradora de shopping centers apontou que atuais os descontos em alugueis devem acontecer, mas que está tratando “caso a caso”.
O presidente da empresa, Ruy Kameyama, explicou que “estamos tratando caso a caso. Em 2020, ajudamos mais os lojistas porque tinha uma menor disponibilidade de ‘funding’, mas, ao longo do ano, foi ocorrendo uma reação do mercado, e também franqueadores foram apoiando mais as franquias. Em 2021, entendemos que vamos ajudar menos. Antes era mais automático, agora é cirúrgico”.
O executivo completou dizendo que “os lojistas sabem que a vacina está aí, e que a retomada vai acontecer, há uma visibilidade melhor”, fazendo uma comparação com o 2020, quando a empresa concedeu descontos e isenções de aluguel aos lojistas.
BR Malls tem lucro líquido de R$ 199,4 mi no 4T20
Na noite de ontem (11), após o fechamento do mercado a administradora de shoppings centers divulgou seus resultados no quarto trimestre de 2020. A BR Malls lucrou R$ 199,4 milhões no período, queda de 51,1% na comparação ano a ano.
No acumulado de 2020, a empresa anotou um prejuízo de R$ 293,8 milhões, explicado pelos efeitos da pandemia.
Já a receita líquida somou R$ 266,7 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, representando um recuo de 23,8% ante o mesmo período em 2019. Além disso, a empresa operou cerca de 92,8% da sua capacidade no período.
Com isso, a XP manteve sua recomendação neutra, e preço-alvo de R$ 10,7 por ação.
“Os resultados do quarto trimestre de 2020 da brMalls (BRML3) foram ligeiramente mais fortes do que os nossos números, impulsionado pelos resultados operacionais sólidos”, destaca o relatório.
Em relação à geração de caixa da BR Malls, que somou R$ 27 milhões, os analistas Renan Manda e Lucas Hoon, apontam que “Apesar de superar ligeiramente nossas estimativas, não vemos como um catalisador para a ação, pois esperamos que o fluxo de notícias negativas sobre possíveis restrições mais rígidas à atividade comercial em todo o país em razão do aumento de casos do coronavírus permaneça nos holofotes no curto prazo, o que deve continuar trazendo volatilidade às ações”.
Cotação da BRML3
Por volta das 15h30 de hoje, a ação da BR Malls (BRML3) operava em alta de 1,21%, valendo R$ 9,17.