BR Distribuidora valoriza 80% desde sua abertura de capital, em 2018
A companhia BR Distribuidora valorizou 80% desde dezembro de 2018, quando efetuou sua abertura de capital. Nesse período, o valor de mercado da empresa passou de R$ 19,9 bilhões para R$ 31,5 bilhões.
Conforme os dados publicados pela “Economatica”, a BR Distribuidora ultrapassou a Ultrapar, sua concorrente no setor de óleo, em valor de mercado após a privatização da companhia que foi anunciada na última terça-feira (23).
No entanto, o valor de caixa da Ultrapar é superior ao da antiga subsidiária da Petrobras. Os valores são de R$ 6,4 bilhões e R$ 3,85 bilhões, respectivamente. Por outro lado, a dívida da empresa dona dos postos Ipiranga é de R$ 16,5 bilhões, enquanto a concorrente possui déficit de R$ 6,35 bilhões.
A alta dívida é um dos indicadores de que o valor de mercado da BR Distribuidora ultrapassou sua concorrente majoritariamente por conta das complicações financeiras da Ultrapar. Em dezembro de 2018, a empresa valia R$ 40,7 bilhões, contudo, o valor de mercado agora é de R$ 22,7 bilhões.
Alta nas ações
As ações ordinárias da BR Distribuidora (BRDT3) estão operando em alta desde o anúncio de sua privatização. Às 12h45, os papéis estavam em alta de 5%, negociando a R$ 27,40.
No final da tarde, às 16h50, as ações registravam alta de 1,42%, cotadas em R$ 26,38 por papel. A Petrobras deve vender mais alguns dos papéis que possui da empresa ao longo deste semana.
Desestatização da BR Distribuidora
O valor da venda das ações da BR Distribuidora pela Petrobras foi de R$ 8,6 bilhões. Com a operação, a subsidiária deixou de ser uma estatal e foi privatizada. Na noite da última terça-feira (23), a venda foi aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras.
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Um item adicional no acordo pode fazer com que a venda das ações da subsidiária aumente para 35% do capital da companhia. Dessa forma, os valores adquiridos podem ajudar a Petrobras a diminuir suas dívidas.
A Petrobras ficará com 41,25% do capital da subsidiária. A venda da BR Distribuidora faz parte do plano de desinvestimentos da estatal petroleira. O incentivo das privatizações e a venda de ativos é um dos objetivos do governo de Jair Bolsonaro.