BR Distribuidora fica sem controlador definido, após privatização

A BR Distribuidora terá grandes mudanças em sua gestão. A reformulação deve acontecer por conta de sua recente privatização. Por enquanto, a companhia está sem controlador definido.

A ex-controladora da BR Distribuidora, Petrobras, deve deixar somente três pessoas no conselho de administração. O colegiado é constituído por nove integrantes. Os outros seis membros do conselho deverão ser indicados pelo mercado.

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Além de funcionários, o governo, representado pelo Ministério da Economia, também não faz mais parte do conselho. As alterações estão previstas para entrar em vigor em um mês.

Elas ocorrerão por meio de uma assembleia geral extraordinária, que ainda não foi solicitada. Com isso, a ideia é implantar o mais rápido possível a nova administração.

A Petrobras ainda tem 37,5% de participação na BR Distribuidora. Dessa forma, sua relevância na companhia ainda é significante, entretanto não é o suficiente para permanecer no comando.

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Para conseguir implementar ideias na ex-subsidiária, a Petrobras terá que conseguir a autorização de pelo menos dois acionistas que fazem parte do conselho da distribuidora.

A gestão da BR Distribuidora havia mudado ainda no governo de Michel Temer, por conta da abertura de capital. Entretanto, à época, a estatal petroleira detinha 70% da distribuidora. Agora, a BR é uma empresa sem controle definido.

Confira também: BR Distribuidora valoriza 80% desde sua abertura de capital, em 2018 

Corporações com esse tipo de controle, que a BR tem hoje, já existem no Brasil. São elas:

  • BRF
  • BR Malls
  • Renner
  • Totvs

Para o presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), Mauro Cunha, a BR terá mais facilidade para fazer a compra de matérias-primas. Sendo assim, terá custos reduzidos e, consequentemente, poderá adquirir mais capital para colocar no mercado por intermédio de oferta de ações.

Além disso, Cunha ressalta que a BR Distribuidora terá mais proteção, já que não será alvo de decisões políticas que possam prejudicá-la.

Juliano Passaro

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