BR Distribuidora solicita registro para realizar oferta secundária

A BR Distribuidora apresentou um pedido de registro de oferta secundária de ações. A subsidiária da Petrobras publicou o prospecto preliminar na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A oferta secundária da BR Distribuidora ocorrerá no Brasil. Todavia, a empresa realizará esforços de colocação no exterior. O objetivo é atrair investidores estrangeiros, como é de normal nesse tipo de operação.

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O acionista vendedor é a Petrobras, que dessa forma vai reduzir sua posição e não será mais a controladora da subsidiária.

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O pedido de registro da oferta secundária foi apresentando por meio do procedimento simplificado, permitido através da Instrução CVM 471.

Os coordenadores dessa operação são os bancos:

  • J.P. Morgan;
  • Citi;
  • Bank of America;
  • Credit Suisse;
  • Itaú BBA;
  • Santander.

Petrobras deixa o controle

A Petrobras decidiu reduzir sua participação na BR Distribuidora. Dessa forma, a estatal pretende diminuir de 71% para menos de 40% sua parte na subsidiária.

A operação da Petrobras deve ser precificada em julho, contudo, caso ocorresse a preços atuais alcançaria os R$ 8 bilhões.

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No momento, os maiores investidores da subsidiária depois da Petrobras são a Previ, com 5% de participação, e a Lazard, com a mesma porcentagem.

A operação é considerada o maior desinvestimento realizado durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. Essa seria apenas uma das primeiras estatais que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende privatizar.

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O valor de mercado da BR Distribuidora é de R$ 27,7 bilhões. Em 2018, a margem de Ebtida da empresa foi de R$ 62 por metro cúbico. No entanto, o intuito é alcançar as principais concorrentes, a Cosan e a Ultrapar. A primeira teve uma margem de Ebtida de R$ 107 por metro cúbico, enquanto a da segunda foi de R$ 87 por metro cúbico.

A reação do mercado é de otimismo quanto à privatização da BR, contudo, investidores esperam um acionista referência para a empresa.

Venda de refinarias da Petrobras

Além da privatização da BR Distribuidora, outra ação anunciada pela Petrobras em abril foi a venda de oito refinarias. Desse modo, a expectativa é de arrecadar até R$ 15 bilhões com o desinvestimento.

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As refinarias que devem ser vendidas são:

  • Refinaria Abreu e Lima;
  • Unidade de Industrialização do Xisto;
  • Refinaria Landulpho Alves (RLAM);
  • Refinaria Gabriel Passos (REGAP);
  • Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR);
  • Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP);
  • Refinaria Isaac Sabbá (REMAN);
  • Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR).

“Os projetos de desinvestimento das refinarias, além do reposicionamento do portfólio da companhia em ativos de maior rentabilidade, possibilitarão também dar maior competitividade e transparência ao segmento de refino no Brasil”, informou a Petrobras em comunicado.

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A operação de privatização da BR Distribuidora deveria se concretizar na segunda metade de 2019.

Carlo Cauti

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