O presidente da Petrobras (PETR4), Roberto Castello Branco, disse nesta quinta-feira (28), durante o evento do Credit Suisse que as ações da BR Distribuidora (BRDT3) estão “subvalorizadas”.
Durante o evento, Castello Branco informou que a venda da parte acionária da Petrobras de 37,5% no capital da BR Distribuidora está nos planos da estatal petrolífera. Mas, o presidente ressaltou que as condições atual do mercado não são favoráveis.
“As ações da Br Distribuidora estão claramente subvalorizadas. No momento em que houver condições favoráveis, estamos com dedo no gatilho para vendermos a BR”, disse Castelo Branco.
O presidente da Petrobras também elogiou a escolha de Wilson Ferreira Júnior como novo presidente da distribuidora. “Ele é um profissional conhecido, tem um ‘track record’ muito bom. O mercado também concorda comigo, dadas as condições de preços da BR”, completou.
Na semana passada, Ferreira Jr. pediu demissão do cargo de presidente da Eletrobras (ELET3) e foi anunciado como futuro presidente da BR Distribuidora.
Após a notícia, por volta das 12h51, as ações da Petrobras tinham alta de 2,12%, negociadas a R$ 27,97. Já a Eletrobras tinha avanço de 4,09%, a R$ 29,25 e a BR Distribuidora operava em alta de 2,95%, a R$ 24,07.Por sua vez, o Ibovespa apresentava alta de 1,55%, a 117.680,91 pontos.
Congresso não vê prioridade em na privatização da Eletrobras, diz Ferreira Jr
No início desta semana, segunda-feira (25), Ferreira Jr. afirmou que vê prioridade do Congresso para privatização da estatal, desse modo, sua “contribuição fica perdida”.
“Por parte do governo federal, continua sendo uma prioridade. Minha avaliação sobre andamento da privatização [da Eletrobras] se deve a declarações que foram feitas”, disse o executivo.
Em conferência com os analistas para anunciar sua renúncia ao cargo, Ferreira Jr, destacou que a decisão de deixar o cargo foi pessoal. No entanto, a declaração que fez foi em referência a Rodrigo Pacheco, candidato à presidência do Senado. Apoiado pelo governo de Jair Bolsonaro, o parlamentar disse ao jornal “O Estado de S.Paulo” que a privatização da Eletrobras não seria o foco da sua gestão.
“Não estou aqui para questionar. Posso dizer que é uma prioridade do Ministério de Minas e Energia e Ministério da Economia, necessário para fazer frente aos desafios fiscais que o país tem. É uma condição necessária, mas, aparentemente, não suficiente”, disse Ferreira Júnior.
“Então, foi uma decisão pessoal, vendo que a reestruturação da empresa estava cumprida e ela tem hoje capacidade de investimentos modestos, mas suficientes”, completou o novo presidente da BR Distribuidora.