A BR Distribuidora (BRDT3) informou, nesta terça-feira (29), que não tem qualquer relação com os supostos fatos citados nas reportagens que teriam originado a 75ª fase da Operação Lava Jato, instaurada na última semana. A informação foi revelada por meio de um comunicado ao mercado.
Na operação, foi citado o nome de um representante da Golar Power, parceira da companhia em negócios de GNL. A BR Distribuidora afirmou que a proximidade junto à Golar refere-se apenas na busca pelo desenvolvimento conjunto de soluções de GNL de pequena escala.
“No momento não há qualquer decisão relativa a novos passos no âmbito da parceria e, ao tomar conhecimento das notícias, a companhia deu início às diligências necessárias para averiguação dos referidos fatos de modo que possa avaliar as eventuais implicações para os negócios entre as companhias”, informou a nota.
A Golar controla metade da Hygo Energy, cujo presidente é investigado pelo Ministério Público Federal por um suposto esquema de propina envolvendo a Petrobras (PETR4).
O caso refere-se ao período em que Eduardo Antonello era executivo de outra empresa do segmento de óleo e gás, a Seadrill. O executivo presta serviços à Hygo através da Magni, companhia em que é sócio de Tor Troim, diretor da Golar.
Parceira da BR Distribuidora na mira da Lava Jato
A Polícia Federal realizou no Brasil e em acordo com as autoridades holandesas, na última quarta-feira (23), uma operação de busca e apreensão com mandados que incluíram endereços ligados à Antonello.
A operação foi realizada um dia antes da data estipulada para a fixação do preço por ação da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Hygo na Nasdaq, Bolsa de Valores norte-americana. Em decorrência das investigações, a oferta foi suspensa.
A parceira da BR Distribuidora disse, por meio de um comunicado, que não há ligação entre a investigação e serviços prestados para sua controlada, mas que faria uma checagem em todas as operações envolvendo a empresa e o executivo.