A BR Distribuidora (BRDT3) registrou uma queda de 50,9% em seu lucro líquido no primeiro trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, totalizando R$ 234 milhões. A controlada da Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou seus resultados na noite da última quarta-feira (10).
A BR Distribuidora também registrou uma queda de 5,9% no volume total de vendas em comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 9,191 bilhões de litros.
O Ebitda ajustado, por sua vez, teve uma queda de 36,6%, alcançando R$ 545 milhões nos primeiros três meses do ano. A receita caiu 5,5%, totalizando R$ 21,2 bilhões.
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A maior distribuidora de combustíveis do Brasil foi atingida pelos efeitos negativos da pandemia do novo coronavirus (covid-19). Segundo a BR Distribuidora,as medidas de isolamento social impostas pelo governo tiveram “impacto imediato na demanda” por combustíveis.
“A desaceleração da atividade econômica, as crescentes restrições à circulação de pessoas, a redução das atividades industriais, comerciais, de serviços e do uso de todos os modais de transportes no Brasil ocasionaram, principalmente a partir da última semana de março, significativa redução da demanda por combustíveis no país”, salientou a distribuidora em seu balanço, “Esta realidade, apesar de iniciada apenas nos últimos dias do 1T20, foi capaz de produzir reduções relevantes mesmo nos volumes médios de venda do trimestre”.
BR Distribuidora mantém posição no mercado
Segundo a empresa, seu “market share total” permaneceu estável em 25,6% no período em relação ao quarto trimestre de 2019.
No caso dos volumes de venda no Ciclo Otto, na última semana de março foi registrada uma redução de 55% em relação à média diária acumulada desde o início do trimestre. Por sua vez, os volumes de diesel sofreram redução de 25% e os do segmento de aviação, caíram 60% na mesma comparação.
A empresa informou que variações bruscas nas cotações internacionais do petróleo produzem normalmente efeitos pontuais nas margens. Entretanto, não demostrou preocupações excessivas com essas mudanças.
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“Como somos ao mesmo tempo compradores e vendedores de commodities, entendemos que o nível recorrente de margens de comercialização de nosso negócio segue dinâmica própria e independente dos patamares de preço de petróleo”, explicou a BR Distribuidora, “No primeiro trimestre, estas perdas tiveram um impacto muito superior aos níveis usuais, produzindo um efeito significativo nas margens reportadas, sobretudo quando em comparação com os números do 4T19…”.